Tá, eu sei que só tenho escrito posts sobre confusões linguísticas, mas esta não tem como não contar: é engraçada demais.
Minha mãe foi passear com o Milo, meu cachorro (see above), e viu-se frente a uma típica família pelotense - mamãe, papai, vovó, menininho e menina um pouco mais velha - tipicamente sentada em suas cadeirinhas de praia na calçada e tomando seu típico chimarrão de fim de tarde. Como já era de se esperar, meu cãozinho em sua também típica sociabilidade lá se foi cheirar as pessoas e interagir com elas em busca do inevitável elogio à sua pessoa, digo, à sua fofíssima cachorrice. Ocorre então o seguinte diálogo...
[Menininho, dirigindo-se à mãe] Olha só, mãe, como ele é fofo!
[Menininho, dirigindo-se à MINHA mãe] Tia, posso segurar ele?
[Minha mãe, preocupada porque o Milo tem complexo de cusco de trenó e de vez em quando decide arrastar quem ou o que quer que seja que está segurando a guia dele] Ah, desculpa, não dá, ele é muito forte, pode te arrastar...
Enquanto eles falavam isso, minha mãe escutava, ao fundo, umas palavras soltas:
... conhaque...
... whisky...
e imaginou que eles falavam da cor do pelo do Milo, pois tem uns tons de marrom meio estranhos mesmo. Mas não: as frases seguintes desfizeram o engano.
[Mãe da família, dirigindo-se ao menino] É, meu filho, tu não vais conseguir segurar ele, é da raça deles, esses cachorrinhos puxam trenó...
Ao que a filha, menina um pouco mais velha que o menininho, retruca:
Mãe, não é "whisly". É HUSKY!!!