Tuesday, December 30, 2008

Tuesday, December 23, 2008

Xmas gifts

This post was going to be about Christmas gifts. Gifts I've received along this year (like the wonderful people I've met and who have become very special to me) , gifts I've received lately (music, pictures, videos - Há! Podem tirar da lista o do Sítio do Pica-Pau Amarelo! Carem, VALEUUUU!!!!), gifts of coincidences which have made it possible for me to get things I'd had an eye for a long time (Nokia N95 rules!!!).

But then today something dropped on me like a bomb and despite all the previous gifts, this one managed to obfuscate them all with its darkeness. Because of that, this Christmas seems gloomy and there's no lights on trees which can birghten it up. And, most of all, Christmas gifts now sound like a bad joke for me.

So, thank you to everybody and everything responsible for the first ones, I'm truly grateful, but for now I'm going to lay low and try to recover from this shock which has has in a certain way brought snow and cold to what could have been the sunniest and warmest Christmas in a long time. Christmas is here, right around the corner, but what this Lois Lane who kinda looks like Lana Lang right now (yeah, crazy, but somebody saw a recent picture of me and said that...:P, not to mention my last name WAS Lang once) needs at this moment is a Green Arrow (I wonder if angels can wear green...) to rescue her (nope, Clark wouldn't help in this case) from this Northern Pole she feels in and then take her to a ball, to dance till Christmas is over and a new day dawns over Pelotasville.

Thursday, December 04, 2008

Between naïve and sixth-senser

Eu admito: sou naïve. Inocente, boba, beirando a patetice, quase burrice, mesmo.
Sou daquelas pessoas que acredita que todo mundo é bom até prova em contrário - quem leu meu antigo perfil no Orkut sabe disso. Mas às vezes esqueço que sou assim; já é tão normal, já faz tanto parte de mim que nem penso no assunto. Esta semana, porém, meu amigo Martin, comentando sobre alguns ocorridos com um amigo comum nosso, me fez lembrar disso.

Eu não sou em absoluto daquelas pessoas que já saem desconfiadas quando conhecem outra, muito pelo contrário! Como diz um amigo meu, pra mim todo mundo é "soooo coooooooool!". Obviamente muitas vezes me estrepo, tomo na cabeça, porque nem todas as pessoas são legais, nem todas são sinceras e/ou honestas, muita gente é falsa e mau-caráter mesmo, mas eu nunca penso nisso. Parto do princípio que todos são bons, e não é uma coisa que eu me forço a fazer: é o meu instinto natural. Sim, sou a definição de naïve em pessoa, mas não quero mudar: acho que não saberia viver se estivesse sempre com um pé atrás em relação às pessoas. É muito triste ser assim, viver em ceticismo constante. Prefiro ser boba mesmo, ver as pessoas todas por meio de lentes cor-de-rosa, dar uma chance pra todos.

Eu tenho tanta boa vontade para com os outros que até mesmo gente que outras pessoas não gostam, eu gosto! Tem a mãe de uma amiga minha e amiga/conhecida dos meus pais que metade da cidade detesta. Dizem que ela é esnobe, antipática, às vezes até estúpida com as pessoas - e é mesmo! Mas ainda assim eu gosto dela! Ela é divertida, tem um senso de humor fantástico, é generosa em muitos aspectos e nunca, NUNCA me tratou mal. Então eu gosto dela. Ponto. Sou inocente e babaca? Well, que seja. Não me importo, não me incomoda.

O que me incomoda, por incrível que pareça, não são também as óbvias decepções e pauladas que tomo na cabeça por ser assim, por acreditar quase que cegamente nas pessoas. Não me incomoda nem o fato de que, com esse meu jeito de ser, muita gente se aproveita da minha santa ingenuidade. Não. O que me incomoda é que, mesmo com todo esse voto de confiança natural e incondicional que dou para as pessoas, ainda assim algumas delas - poucas, graças aos céus - me despertam uma desconfiança logo de cara. É raro, raro MESMO, eu implicar com alguém de primeira e sem ter motivo algum, mas acontece. E quando acontece, posso dizer com 100 % de certeza que "aí tem". TODAS as vezes que eu por uma razão inexplicável - e volto a dizer que, ainda bem, foram poucas - eu não fui com a cara de alguém , essa implicância se mostrou certa e justificada. É um sixth sense filho da mãe que eu absolutamente não gostaria de ter, mas tenho.

Bom, daí tem também outro aspecto da coisa: não sei fingir. Quero dizer, saber eu sei; se precisar, finjo, mas por educação, por respeito a uma terceira (ou terceiras) pessoa(s) que não a dita cuja de quem não gosto, porém não por cinismo. Não gosto de ser falsa, não gosto de fingir, e quem me conhece sabe que quando não gosto de alguma coisa dá pra ler na minha cara NA HORA. Prefiro ser transparente sempre que possível. Bancar cinicamente a "queridinha" só pra sair de boa na história não é comigo, minha tática é ficar quieta no meu canto. Se não gosto, não vou implicar, não vou esculachar, mas também não me manifesto. Me abstenho, assim não sou obrigada a fingir.

Por isso, ultimamente tenho me visto em uma situação terrível. Conheci uma pessoa que, desde o primeiro momento, já fez o meu "alarme" interno tocar (Danger, Will Robinson, danger!!!). Tá, tudo bem, existe entre nós uma disputazinha não publicável aqui que pode ter contribuído para a minha implicância, mas o comportamente da tal pessoa até aqui cada dia mais demonstra que tem algo de errado e que o meu dislike por ela tem toda razão de ser (ela começou sendo grossa e antipática comigo, mesmo quando tentei ser gentil com ela por mera educação. Agora, de uma hora para outra, passou a me tratar bem, como se sempre tivéssemos sido amigas, sem motivo aparente algum - eu já tenho uma suspeita do motivo... - , ou seja, é de um cinismo e interesseirismo total. E vocês não imaginam o quanto me faz mal dizer isso de alguém...). O problema todo, porém, não é o jeito de ela agir comigo, isso eu tiro de letra, mas o fato de que essa mesma pessoa é tida como linda, divina e maravilhosa por muitas outras, incluindo pessoas de quem eu gosto muito. Explicando melhor, eu sou a única que vê e sente que tem algo de errado e, tomando em consideração a minha até aqui taxa de acerto de 100 % dos casos (ou seja, sempre que o meu sixth sense me disse que a pessoa não era boa coisa ela não era mesmo), me dá um desespero de ver que, muito possivelmente, pessoas de quem eu gosto MUITO podem se machucar. Mas vou eu falar alguma coisa??? Só se eu quiser sair de louca na história toda!

Então, me vejo forçada a ficar quieta, assistindo de longe, torcendo pra que, quando a casa cair, o estrago não seja demais (e o pior é que acho que vai ser...) Me dói ficar quieta, me dói saber que pessoas de quem eu gosto provavelmente (100 % de acerto, gente, 100 %! Mas quem me dera que essa fossa a primeira exceção!) vão sofrer, mas pelo mnenos assim se (vamos ser otimistas, né?) algo acontecer, posso ainda estar por perto pra ajudar (o que não aconteceria se eu abrisse a minha boca; certamente me colocariam pra correr).

Como eu disse, adoto então a tática de ficar no meu canto, diplomaticamente quieta, politicamante correta, me manifestando somente quando a boa educação exige. Mas não me peçam pra ser cínica. Não me peçam pra ir lá conversar com a "queridinha" e ficar jogando confete como todo mundo faz. Essa não sou eu. Ser falsa pra Renata, pra Re aqui, é uma tortura, e não vou me violentar só pra ficar bem na foto. Ah, não mesmo.

Enfim, resumo da ópera: entre naïve e sixth-senser, corre-se o risco de a gente se ver envolvida em dilemas como esse, fazer o quê? C'est la vie, questa è la vita, that's life. Pode não ser a melhor, não é absolutamente a vida que eu quero ou queria ter, mas é a que dá pra ter agora, and we make the best of it.

Wednesday, December 03, 2008

We are the champions... AGAIN!


Ganhamos mais um. Aliás, agora ganhamosTO-DOS.

Internacional: único time brasileiro a ganhar TODOS os títulos.

PS: E depois do gol de hoje, se mesmo depois daquela jogada literalmente inacreditável dele eu ainda tinha dúvidas quanto ao título de "príncipe" do Nilmar, agora não tenho mais. Pode levar a coroa pra casa, menino! ;)



Thursday, November 27, 2008

Smells like... - part 2

Sou sem dúvida e definitivamente uma pessoa "visual" - quase surtei quando estudava francês e até a metade do primeiro semestre a professora só traabalhava a parte oral e de compreensão auditiva. Quando peguei o primeiro texto escrito parecia que tinham acendido a luz dentro do meu cérebro, passei a entender tudo e o francês começou a fazer sentido!

Também sou seguramente uma pessoa que depende da audição - acho que morro se não puder ouvir música e um aspirador de pó ligado perto de mim concorre taco a taco com um ferro em brasa enconstando no braço em termos de tortura.

Apesar disso, não posse deixar de reconhecer que o olfato também tem um papel importante na minha vida, como já comentei anteirormente. Agora com esse calorzinho abafado que tem feito nos últimos dias, fui levar o Milo pra fazer o seu peeps (quando eu chamo ele pra ir na rua fazer xixi eu grito "Peeps!!!" e ele vem correndo :P ) no jardim na frente do prédio dos meus pais e as plantas exalavam um cheirinho ma-ra-vi-lho-so! Cheiro de planta, de verde, de jardim na primavera, uma delícia. Daí, tomando emprestada a idéia do Nick Hornby em seu livro Alta Fidelidade (sim, a fanática por livros ataca novamente!), resolvi fazer uma lista, só que de cheiros/perfumes que são especiais pra mim.

Here you are... (e como pensei na lista enquanto cuidava uma prova de Inglês lá na escola, vai nesse idioma mesmo, até porque algumas das idéias são expressas melhor em Inglês - em Português fica comprido demais):

* When it starts to rain (that's my favorite, I guess)

* Dogs paws (even Milo's - and he has "bad paw odour"!) and their heads, right behind their ears, after they've been bathed

* Recently mowed grass

* Freshly baked bread (simply irresistible)

* Newly percolated coffee

* Herbal tea

* Roses and jasmines

* The wind coming from the ocean

* The fruitshop on the corner of my parents' house, that is, the pot-pourri of scents coming form there: papaya + apple + peach + banana + plums + pineapple AND tomatoes (OMG, the tomatoes there smell like heaven!)

* Babies' necks

* Barbecue (I love fish but the smell of barbecue is incomparable)

* The shade under the tress in thick woods

* Home (that unique smell you recognize and identify as "your home")

Bom, esses são os que me vieram primeiro, mas se me lembrar de mais algum, vou acrecentando. E, enquanto isso, vou aproveitando o cheirmho de primavera no ar... ;)

Tuesday, November 18, 2008

Time loop

It seems my last post got some people curious and due to the questions I've got about it, I decided to explain what I meant (and, no, guys, I'm not mad at you for your "Demand Renata"! LOL :D )

So, well, the thing is sometimes I feel like I'm stuck in a time loop. I see situations in my life repeat themselves with slightly different details, and the impression I have is that from where I stand the future will follow the same path and the outcome will be same as the first time it all happened. And even if sometimes this may be a good thing because the situation is a good one, many times I find myself freaking out, thinking that though I have the power to change events, sometimes there are other forces, beyond my control, leading the way things go.

I'm going to give you a silly example: I used to dance ballet, I was part of a dance company which won national dance competitions, the group was awesome but ecause of our personal lives and the paths we decided to choose we broke up and the company kind of died for a while (fortunately it recently resumed its activities with a new cast). Ages later, I decided to start Tai Chi Chuan classes and the class I joined was amazing, very nice girls. The coincidences started when another girl joined the group, and she was.... one of the dancers of my former company! (She's a really nice girl, so i was delighted to have her there). Then, the class progressed fast and the teacher even invited us to make a "performance" for a Chinese master who was in town and joked we should start doing classes outdoors and all, to promote Tai Chi here, etc. Guess what started to happen then....? People started to have problems with timetables, some because of work, others for other reasons but the bottomline is the group is breaking up again.

I know it's a silly example (I warned you !) and I know it's perfectly normal, that things like that (people quitting stuff) happen all the time, but the "replay" of the situation is what strikes me as weird - and scary. This situation is just one, there are many more also happening in my life right now, and one of them is especially good, but in its "original version" (that is, the first time it happened), the outcome wasn't the one I wanted or expected, so here I am watching things follow the same script and hoping for a different ending without knowing if I can really get - even if I actually DO something - to change it.

Summarizing, it's not only the déjà vu feeling or not knowing what the future holds which is scary: it's knowing what may happen and not being sure that you'll be able to have any effect on it.

So, here I am, in the present, living it and loving it, but when I look at the future, the past seems to stare bakc at me like a reflection on a crystal ball, and the future I see in it, though not clear or definite, seems uncannily similar to what I've seen before.

Tuesday, November 04, 2008

Crossroads


And I myself am still trying to decide if THIS is a good thing or not - explanations on the next post... ;)
Ziggy by Tom Wilson & Tom II - © 2008 Universal Press Syndicate
Courtesy of GoComics.com

Monday, November 03, 2008

Hooked on Classics


Eu já falei de como o MySpace me permitiu conhecer gente fantástica, de como fiz amigos/as em diversas partes do mundo e tal, mas uma coisa nova aconteceu recentemente: consegui resgatar uma antiga paixão. E antes que os queixos de vocês se estabaquem no chão ou os olhos pop off the orbits de espanto, já esclareço que não é uma PESSOA, mas sim uma COISA.

Minha mãe dançava ballet quando era jovem (foi por isso que ela me colocou a fazer aulas quando eu tinha 7 anos) e com isso cresci ouvindo música clássica em casa. Segundo ela também, meu bisavô tocava numa espécie de mini-orquestra que havia lá nas Três Vendas / Terras Altas, então a coisa já vem de família. Depois, fazendo aulas de ballet e principalmente dançando nos espetáculos, acabei me apaixonando por esse tipo de música. Sei que a maioria não gosta, que acha chato, blah, blah, blah, mas eu gosto. Algumas me arrepiam, outras me fazem encher os olhos de lágrimas, outras me fazem voar longe, várias me transportam no tempo e assim por diante.

Não tem como explicar o porquê, é o tipo da coisa que só quem gosta de um tipo de música sabe: é aquele tchan, aquele detalhe que toca lá no fundo da alma, e que faz aquele tipo de música ser significativo pra gente.

Pois o que aconteceu foi que, através de um amigo do MySpace (hahaha, dou um doce pra quem adivinhar queeeeeeem? :P ) conheci uma pessoa, um professor de línguas (bah, gente, ele fala Inglês, Francês, Espanhol, Português e está aprendendo Russo!) em Montreal que A-DO-RA música clássica. A "discoteca" (no sentido de "biblioteca de CDs/DVDs/Vinil") dele é imensaaaaaaa e ele sabe MUITO do assunto. Começamos a conversar sobre música e descobrinos essa paixão em comum que, confesso, nos últimos tempos andava meio apagadita pra mim. Conversa vai, conversa vem, ele agora está me ajudando a aprimorar meus - agora mais do que nunca percebo - limitados conhecimentos sobre classical music. Ele sugere músicas, compositores, manda endereços de páginas na Internet com informações, já até me conseguiu uma gravação da sonata favorita dele que, pelo que sei, não deve ser nada fácil de achar.

Com isso, fora o fato de ter ganho mais um amigo - e um amigo muito especial, super-generoso, disponível, interessado e que agora considero como meu classical music mentor - resgatei uma parte de mim que andava esquecida. Uma parte que praticamente todos os dias sa semana vestia meia-calça, leotard (ou collant), sapatilhas, fazia um coque e dançava até as bolhas nos dedos pedirem Band-Aid (o que acontecia quando o esparadrapo de proteção não dava conta do recado), uma parte que via o mundo de cima de um palco, meio cega pelas luzes, mas que entrava num mundo mágico e virava cisne, fada, visão de sonho, princesa ou camponesa ao som da música de Tchaikovsky, Mendelssohn, Rachmaninov, Adam, Minkus, Chopin, e então nada mais importava. Era uma outra vida e outras vidas, só minha(s), e que às vezes sinto falta - yup, o palco vicia... :)
Com essa volta aos clássicos, no entanto, o gostinho de pelo menos viajar na imaginação voltando no tempo ou visitando obras nunca antes escutadas eu recuperei, e, por isso, não tenho palavras pra agradecer a esse meu amigo. Fica aqui, então, um agradecimento público a alguém que, mesmo de longe, conseguiu me dar essa alegria.

Thanks, merci, gracias, obrigado. Valeu MESMO, Martin.

Sunday, October 26, 2008

Lya Luft - As bolsas e as vidas

De vez em quando eu faço um post um pouco mais sério, e hoje é dia de um deles.

Acabo de ler este texto da Lya Luft publicado na revista VEJA desta semana, e achei que era algo que valia a pena todos lerem e pensarem um poco a respeito.


Boa leitura!

As bolsas e as vidas



Ilustração Atômica Studio


"Eu me pergunto com que artifício psicológicoconseguimos sobreviver diariamente, dormir,sonhar, enquanto milhões morrem por lhes faltar o mínimo, o mais essencial e simples"


Para mim, bilhões e trilhões serviam para contar estrelas. De repente, essas cifras saem da TV ou do computador, para cair no meu colo: quase achei que o mundo ia se acabar, que a derrocada estava se instalando. Foi então que governos, bancos centrais e demais instituições financeiras começaram a soltar dinheiro. Dilúvio de grana entrando pelos bolsos que a tragédia das bolsas, alimentada por incompetência, arrogância, ganância e, dizem, medo, tinha esvaziado.

Bilhões, trilhões escorrem por aí, fazendo mais uma vez bancos e semelhantes estufarem bolsos e peitos. Voltou a confiança, o mundo talvez esteja salvo, nós estamos salvos. No momento em que escrevo, começa algum alívio, gente otimista fala até em euforia. Voltou a confiança, dizem, o que faltava era confiança. Os mais realistas mencionam o efeito do abalo não mais na área financeira, mas na nossa vida. Leio que a previsão para os próximos anos é de mais 20 milhões de desempregados no mundo.

De repente, espantada, em vez de alegrinha, lembrei-me de que essa mesma falsíssima generosidade socorrista poderia estar salvando da morte pela fome milhões, quem sabe bilhões, de seres humanos. Por que a ninguém ocorreu inundá-los com essas torrentes de dinheiro, para que não morressem miseravelmente de fome e abandono, diante dos nossos olhos, exibidos por jornal, internet e televisão?

Mas não foi para esse detalhe aborrecido (quem quer ainda contemplar aqueles corpos esqueléticos, os olhos imensos e desesperados, dos famintos deste mundo chato?) que se usou a inimaginável riqueza que salvaria bancos, banqueiros e empresas. Não muito longe, mas aqui mesmo, em nosso planeta, seria preciso talvez bem menos riqueza do que essa que agora se derrama, para que milhões de pessoas deixassem de morrer de fome, tivessem casa, roupa e saúde. Ninguém faz o suficiente, explodem os presidentes de organizações humanitárias, avisam os jornalistas que por lá se aventuram, reclamam os médicos compassivos e pessoas que não podem tapar olhos e ouvidos para tão desmedida calamidade.

Eu me pergunto com que artifício psicológico conseguimos sobreviver diariamente, dormir, sonhar, transar, comprar, conversar, negociar, tendo essa riqueza toda armazenada, enquanto milhões morrem por lhes faltar o mínimo, o mais essencial e simples. Crianças esqueléticas cobertas de moscas, que, com o olhar vidrado, ainda respiram, enquanto bilhões circulam, trilhões, em bolsos e bolsas privilegiados. Mas nós continuamos vivendo. Achamos que não temos nada com isso – o que é que eu posso fazer, afinal? São vidas humanas, é verdade, mas... E quando foram bolsas, bancos, valores não morais, todos os responsáveis se agitaram, sacudiram os ossos ou as banhas e, assustados, soltaram dinheiro.

Ainda se fala em "volatilidade", mas reina uma certa alegria porque as bolsas sobem, os bancos se salvam, tudo está quase resolvido, ainda mais por aqui, onde não haverá mais do que umas ondinhas bestas. Verdade que milhões continuam morrendo, agora mesmo. Não pela peste negra, não pela bomba atômica, mas porque lhes falta pão, remédio, interesse. Parecem uns bichos incômodos, não cavalos de raça, não cachorros de madame, não touros reprodutores: suas imagens chateiam como as dos cavalos de carrocinha nas regiões urbanas, surrados até a exaustão, ou as dos meninos magricelas que nos importunam na esquina. A gente desvia o olhar, mas agora sabemos que o dinheiro existe, tanto que nós, pobres mortais, nem conseguimos avaliar. Estava guardadinho, e agora escorre para os bolsos que vão de novo agilizar as bolsas, enquanto as vidas continuam se consumindo, milhões e milhões, aqui mesmo neste mundo globalizado.

Monday, October 20, 2008

Xmas present

Há! Querem me dar um presente de Natal (recado pra minha família que no fim do ano com certeza vai estar se escabelando pra fazer as listas de sugestões de presentes pro Amigo Secreto :P)? Este DVD!!!




Essa versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo é uma viagem no tempo de volta à minha infância. Tempo em que eu tinha a minha prórpia versão da vovó Dona Benta em casa, porco Rabicó no chiqueiro, Vaca Mocha na cocheira e, juro, uma boneca de pano chamada Emília (só que a minha era preta, feita de meia, pela minha outra avó... :)

Como diz a música, "Queeeeee tempo bom / Que não vooooolta nunca maissssss..."

Bom, pelo menos com o DVD volta um pouquinho. ;)

PS: Bom, se eu não ganhar, vou acabar comprando com certeza. E tenho dito!

Thursday, October 16, 2008

Mythologies

Conheci uma pessoa muito interessante no MySpace esta semana, e uma coisa que ele me contou a respeito dele mesmo me lembrou de um interesse que eu sempre tive: mitologia.

Nunca foi um interesse tipo PAIXÃO, daqueles sistemáticos, que a gente fica correndo atrás, pesquisando enlouquecidamente, mas daqueles que sempre que caía alguma coisa na mão, eu lia sobre. Não importava muito mitologia de ONDE: gregos, romanos, egícios, incas, maias, astecas, indianos, indígenas ou, mais recentemente, celtas, eu lia - e leio.

Os deuses e deusas dessas culturas, os arquétipos que eles(as) representam, a simbologia por trás de cada um(a), a história de suas vidas, sempre me fascinaram e, claro, dentro de cada mitologia sempre tive minhas preferências...

Por exemplo, na mitologia grega, apesar de eu ser assumidamente romântica, nunca fui muito fã da Afrodite (ou Vênus, pros romanos). Achava muito "bobinha". Eu gostava mesmo era da Diana (Ártemis, idem): caçadora, geniosa (transformou em um cervo um caçador que a viu nua durante o banho). Era ela ou a Athena (deusa da ordem, da justiça, da sabedoria, das artes e da estratégia). Acho que escolhi as duas porque tinham mais a ver com o meu jeito de ser e com meus interesses.

Dos egípcios, eu sempre fui apaixonada pela Ísis, ainda mais depois que passou um seriado na TV onde a heroína colocava um colar com um medalhão que ela tinha encontrado numa escavação no Egito e se tranformava na própria deusa, com poderes sobre a natureza e tudo. A história dessa deusa que depois que o marido Osiris foi assassinado saiu a reunir seus pedaços até juntá-los todos e reanimá-lo e cujas lágrimas faziam o rio Nilo transbordar, me encantou de cara. Já da cultura indiana, minha preferida era/é Kali, que, apesar das associações com destruição e morte, me conquistou por ser considerada por muitos a essência de tudo o que é realidade, bem como a destruidora da maldade.

Acho que o único deus "homem" que lembro de ter me chamado a atenção foi Inti, o deus sol dos Incas. Por quê? Bom, sempre gostei de sol (razão 1) e uma das primeiras fotos que vi de Macchu Picchu (lugar pelo qual sou fascinada desde que tinha uns 7 anos de idade e vi num livro) era do relógio de sol dedicado a ele (razão 2). Além disso, não era um deus "metido", era bonzinho e governava junto com sua esposa, Pachamama (deusa da Terra).

Por fim, em função das minhas pesuisas pro Mestrado e Doutorado, tive de fazer uma incursão pelas mitologias celta e nórdica e daí adicionei mais algumas deusas à minha lista (e sobre as quais talvez-quem sabe-algum dia-em outra oportinidade falarei). Mas a maior coincidência de todas foi que, também por causa do Mestrado, acabei conhecendo outro conceito de "mito", proposto por Roland Barthes.

Pra ele, um mito é uma mensagem, um modo de ver as coisas que é revestido de um uso social, ou seja, uma interpretação que é condicionada pela sociedade e pelas idéias que a sociedade considera como mais convenientes de serem perpetuadas. Por exemplo, se alguém vê uma foto de uma dona-de-casa, pode simplesmente "ler" aquilo como uma foto de uma mulher cuidando de sua casa, mas o mito é que (e pior: DITA que) AQUELE é o papel e a imagem da mulher ideal.

Quando às vezes me perguntam sobre o que é que eu falo nos meus trabalhos, é difícil explicar, mas uma das coisas são esses mitos muitas vezes naturalizados em textos e/ou imagens que eu me proponho a identificar, desmascarar e, se possível, desmistificar, e que muito freqüentemente (demais até pro meu gosto) estão ligados às mulheres.

Bom, depois de toda essa conversa toda, chego enfim (e para felicidade geral da nação) à conclusão deste post: adoro mitos "mitológicos", sou fascinada por eles. Panteões de deuses e deusas e suas histórias me encantam. Agora, não me venham com os mitos do Barthes, repetindo coisas de senso-comum tipo "lugar de mulher é na cozinha" ou "a beleza está em um rosto jovem" porque viro fera feito Diana, ataco com uma sabedoria de Athena, sou incansável feito a Ísis e posso ser implacável e destruidora feito Kali. Mitos, pra mim, podem até ter um pé na realidade (como no caso dos "mitológicos"), mas não podem, jamais, determinar ditatorialmente como as coisas devem ser, ainda mais se isso for contra aquilo em que acredito.

PS: Agradeço ao Leo da banda Zuane de SP pelo inpiração. Valeu, Leo! ;)

Wednesday, October 15, 2008

The Best of It

Após algumas reclamações a respeito da minha ausência por aqui, eis-me de volta... :P

Pra falar a verdade, foi meio por falta de inspiração. Até pensei em escrever sobre um episódio ocorrido com um torcedor do Inter e os jogadores (que foram de um senso de humor incrível e se divertiram a valer, assim como o torcedor), mas daí os meus mais assíduos leitor e leitora - ambos gremistas... :P - iam me encher de ossos por fazer dois posts seguidos sobre o Colorado, então desisti.

Hoje, porém, lendo o blog de uma amiga from MySpace (por sinal, vale a pena conhecer o trabalho dela, a Jarah Jane, em especial Underwater Ballons, produzida por outro amigo meu) e sem conseguir tirar uma outra música da cabeça - siiiiiiiiiiiiiim, Carem, adivinha DE QUEM? ;) - surgiu uma idéia.

O post da Jarah era sobre aceitar-se a si mesmo/a e ela contava ali a história dela. Ela teve que se mudar ainda criança dos EUA pro Canadá e enfrentou uma série de problemas de adaptação, já que, além de uma professora que era uma verdadeira megera de filme de terror, a criançada da escola não aceitava a nova colega americana, alta, magricela e que não sabia uma palavra de francês. Obviamente ela acabou superando esses problemas, mas segundo ela isso deixou cicatrizes, nesse caso o fato de que ela sempre está em busca da aceitação das outras pessoas, sempre fazendo tudo para que gostem dela. Ela confessa que recentemente ela conseguiu enfim realmente se sentir segura de si mesma e isso teve reflexos - ótimos - na carreira dela. Bom, falo tudo isso pra dizer que, além de ter a inspiração pro post de hoje, lendo o que ela escreveu me vi refletida em diversos episódios, com algumas variações. Já explico.

Eu cresci nas Três Vendas, pra ser mais exata nas Terras Altas, que é o fim das Três Vendas. Sabe a entrada do Aeroporto? Passa. Sabe a entrada do Pestano? Passa. Sabe o Quinze de Julho? Vai adiante. Sabe o Exército de Salvação? É passando um pouco mais. Eu morava no casarão que é hoje a sede daquela empresa de ônibus, a Transpessoal (o casarão ainda é da minha família, está alugado e, infelizmente, destruído por eles...). Na época, a Fernando Osório tinha uma pista só (a que vai pra POA), então a casa ficava longe da estrada, era como morar numa fazenda. A gente tinha vaca, porco, cachorro(s), galinha, cavalo, e eu cresci no meio deles e subindo em árvore. Era a típica caipirinha (a PESSOA, não a bebida, seus bebuns!:D )

Quando fui, então, estudar no Assis Brasil na 3ª série (até então eu tinha estudado num colégio pequeno, particular, o Recanto Infantil) eu era a "jeca" da turma. Eu não era fashionable como as minhas colegas, não tinha a experiência de viver na cidade (eu mal sabia andar pelas ruas sozinha!) e era de uma ingenuidade total. Não demorou muito e eu era o motivo de deboche da turma, não "na cara" (pelo menos eles/as tinham um pouco mais de respeito que a gurizada de hoje em dia), mas eu via as risadinhas, os cochichos meio que me apontando e, apesar da minha ingenuidade, conseguia captar a malícia e o sarcasmo de algumas coisas que diziam pra mim. Sabe aquela turminha que sempre é a que todo mundo quer andar junto? Pois é, eu queria andar com aquelas gurias, mas elas sempre davam um jeito de me escantear, de me esnobar: eu não me adeuqava ao padrão, eu "não servia" pra andar com elas. Obviamente a minha primeira reação foi ficar chateada, deprimida, chegar em casa e ir chorar escondida, essas coisas, mas depois de um tempo - com é o meu normal - enchi o saco e resolvi dar um jeito na situação: eu ia virar aquele jogo.

Coloquei na cabeça que eu ia ser a melhor da aula: elas iam ter que vir me pedir ajuda em dia de prova, iam ter que vir pedir pra ficar no meu grupo quando tivesse trabalho pra fazer. Done. Consegui.

Entrei pro ballet, que na época era o máximo dos máximos em termos de atividades fora da escola. Done. E não fiquei por aí: fui pro corpo de baile, fui solista, fiz turnê pelo Brasil. (Detalhe: entrei no ballet também porque gostava, e fiquei porque AMAVA aquilo, não por causa das "outras"). Entrei também pro grupo de ginástica olímpica do Assis Brasil (e depois quando fui pro Pelotense continuei - é de lá que conheço o João Bachilli, diretor do Tholl, que na época treinava com a gente). Foi um santo remédio pra minha "popularidade". :)

Com isso, aos olhos da "turminha" aquela, eu agora era cool, valia a pena andar comigo, e então elas começaram a vir atrás de mim e me procurar. Eu tinha conseguido.

Como não sou uma pessoa vingativa, não desprezei as pestinhas como elas tinham feito comigo, mas também não fiz questão de ser amiga delas, apenas fui diplomaticamente educada quando vinham atrás de mim. Fiz questão, isso sim, de ficar amiga de pessoas que eu achava legais mais que eram, assim como eu tinha sido, "excluídas", e tenho orgulho de dizer que essas pessoas foram os/as melhores amigos/as que alguém pode ter, e muitos/as estão do meu lado até hoje, e são como irmãos/ãs pra mim.

Não contei isso tudo pra me fazer de coitadinha e nem pra contar uma história tipo novela ("Oh, veja tudo por que ela passou e como ela superou as dificuldades"). Não. Se estou contando tudo isso aqui e agora é pra quem estiver lendo entender que isso tudo me fez como sou, pra saber de onde eu saí ou, como diria o meu irmão, "como deu nisso aí". ;)

A gente passa por poucas e boas na vida, mas isso tudo é que faz a gente a pessoa que a gente é. Tudo contribui, mas acho que as quedas, as humilhações, muitas vezes são o que nos faz fortes. A gente tira muitas lições delas. E é aqui que entra uma parte de uma música que adoro - à propósito, o título do post - que diz:
Most of us will fall down until they've reached their knees
But we make the best of it
É isso aí, babe: we make the best of it.

Monday, September 29, 2008

No comments


Só uma imagem... :)


Sunday, September 28, 2008

A leap into the past in 8 numbers

Mini-experiência de volta no tempo:
Fui dar um telefonema na casa da minha mãe e, como não acahva o telefone sem-fio (bah, aquela porcaria tem o irritante dom de EVAPORAR quando se precisa dele!), fui fazer a ligação do quarto dela.

O aparelho lá é parecido com esse aqui:


Resumo da ópera: quando fui "discar" - e, nesse caso, LITERALMENTE discar! - fui "huper" (hiper+super) estranho. A sensação física de rodar o dial me transportou por alguns segundos pra uma época muito, muito distante - e qualquer referência ao Shrek NÃO É mera coincidência... ;) Me senti quase como criança de novo e de repente me vi sorrindo e completamente confusa, perdida em qual seria o número seguinte que eu tinha que discar ali (acho que esses time leaps embaralham o cérebro, pois se eu estivesse "digitando", o lapso de memória numérica com certeza não teria acontecido).

Anyways, foi legal, e desafio vocês a tentarem uma dessas: arranjem um telefone de discar e experimentem (pode ser que alguns nunca tenham tido essa experiência! :P): é visitar pelo tempo de 8 números uma outra época na história e, dependendo da idade, na vida de vocês.

Wednesday, September 17, 2008

Ah, se o Sitemeter acertasse... :D

O Sitemeter, medidor de visitas que tenho ali embaixo na página, é um quadro: ele supostamente "localiza" as visitas geograficamente, mas ele entende tanto de Geografia quanto o Milo (meu cusco). Já fiz o teste e eu mesma já acessei minha própria página a partir de Canoas, Santa Maria e Bagé (?????).

Ainda assim, é interessante dar uma olhada nas localidades que ele lista como tendo visitado este cantinho internético. Aqui no Brasil já apareceu (teoricamente, né? :P ) gente de São Paulo, João Pessoa, Belém, Campinas, Canoas, São Leopoldo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cachoeirinha, Santa Maria, Novo Hamburgo, Barueri (SP), Goiânia, Natal, Santa (Mato Grosso do Sul) (?!?!?!), Limeira (SP), Carapicuiba (olha o Jota Quest com "Onibusfobia" aí, geeeeeeeente! :D ), HortoIndia (SP) - nem sabia que existia!!!, Americana (SP), Camaquã, Cruz Alta, nossa vizinha Rio Grande e, claro, alguns/algumas de Pelotas.

O mais legal, porém, são as visitas internacionais, que obviamente vêm parar aqui por alguma referência maluca de pesquisas no Google, mas ultimamente tenho suspeitas de que algumas chegam por conta da minha página no MySpace: Portimo (Faro, Portugal), Los Angeles, London (que chique!!!), Harrodsburg (Kentucky, USA), Marki Schwaben (Germany), Citrus Heights (California, USA), Istambul, Aachen (Germany), Roma, Cascavelos (Lisboa, Portugal) e uma, há um tempo atrás, de Montreal (seráááá? Hummmm.... mas do jeito que o Sitemeter "acerta" o verdadeiro visitante deve ser na verdade de Quebec City... :P). Ainda assim, mesmo que essas pessoas tenham vindo parar aqui por acaso e que muitas vezes o lugar de acesso não seja realmente o indicado, é gostoso saber que, de certa forma, esta página não está criando teias de aranha e que lá de vez em quando algum(a) visitante sai daqui nem que seja com um sorriso nos lábios.

Ah, sim: and thankx for visiting me today! ;)

Monday, September 15, 2008

How the hell???

Tá, admito: outro dia na Seleção ele não fez nada, não jogou nada, foi um zero à esquerda em campo. Mas com essa jogada aí ele se redimiu com direito a título honoris causa. ;)

HOWTHEHELL ele cruzou essa bola??? :O


O goleiro está até hoje tentando entender POR ONDE ela passou! :D
Ah, sim: e foi gol... hehehe... :P

Valeu, Nilmar! Continua assim, garoto... :)

Sunday, September 14, 2008

Dungeons & Dragons


Há uns dias atrás conversava com um amigo de Porto Alegre no MSN e daí a pouco ele "sumiu" (tipo, eu falava alguma coisa e ele nada). Como eu precisava perguntar uma coisa e tinha uma certa pressa porque precisava sair, chamei, chamei, cliquei naquele botãozinho de "chamar a atenção" da janela de conversas que faz ela e, se bobear, a tela do Messenger e o monitor inteiro chacoalharem (além de dar um baita susto se o som do micro estiver alto) e finalmente ele reapareceu. Pedi desculpas pelo uso desnecessário de força e ele então explicou que tinha se distraído porque havia recém encontrado e estava assistindo no YouTune uma paixao antiga: Cavaleiros do Zodíaco. Quando ele perguntou se eu conhecia e/ou gpstava, respondi que sim, conhecia, mas na verdade eu tinha sido mais fã da Caverna do Dragão. Depois de alguns minutos de discussão amistosa sobre porque um é/era melhor que o outro e o porquê de nossas preferências (como é que EU não ia gostar de Caverna do Dragão??? Gente, aquilo ali é puro Tolkien!!! O Vingador é o Sauron de saias!) tive que encerrar a conversa e ir fazer o que eu tinha que fazer longe do computer, mas a lembrança da Caverna do Dragão ficou.

Mais do que isso: me veio na cabeça uma história que me contaram anos atrás e que, na época, me chocou pra caramba. Trata-se de um - agora descobri - boato sobre um final da série que por motivos não sabidos-ignorados não teria sido exibido no Brasil. Segundo essa versão das coisas, a gurizada (heróis) do desenho já estariam mortos desde o primeiro episódio por causa de um acidente no carrinho da montanha-russa em que embarcaram. Os meninos teriam sido mandados para o inferno, e o Mestre dos Magos e o Vingador seriam as duas faces de um mesmo ser demoníaco, capaz de oferecer esperança e ao mesmo tempo temor em um processo de crescente agonia psicológica. O boato ainda afirma que o dócil (mas enjoadinho) unicórnio Uni seria um espião responsável por impedir os meninos de regressar ao seu mundo, já que SEMPRE que eles estavam por conseguir voltar a praguinha aprontava alguma e eles tinham que ficar por lá mesmo.

Bom, nesses tempos atuais em que basta Google something, como a coisa não me saía da cabeça fui procurar, e achei um desmentido na Wikipedia. A versão oficial, dada pelo próprio produtor da série, produtor Gary Gygax, é que "Em 1985, a equipe responsável pelo desenho se reuniu com os executivos da temporada seguinte. Os seis jovens - mais velhos e mais experientes - seriam chamados de volta ao mundo da Caverna do Dragão pelo Mestre dos Magos. Foram concebidos três scripts do desenho, e eu até aprovei um deles. Mas algumas dificuldades surgiram. A D&D Corp. fechou e a CBS com a Marvel decidiram não continuar mais com o desenho. A nova série foi cancelada antes mesmo de ser produzida." Além disso, "Apesar de vários possíveis finais terem sido discutidos, nenhum último episódio foi produzido de fato."

Esclarecido o fato e acalmado meu coração quanto ao destino dos heróis da minha adolescência (ooooooops, acabo de revelar a minha idade e de me sentir, nesse exato momento, quase tão velha quanto as múmias dos filmes do Brandon Fraser...), resolvi dividir com vocês essa minha descoberta. Sei que pode soar um pouco "babaca" falar de desenho animado, mas pra quem foi, era ou ainda é fã de algum, eles representam mais do que uma época na vida da gente: eles são a nossa eterna e imortal esperança de que se a gente lutar pelo bem e fizer tudo direitinho, apesar das dificuldades, no final a gente vence o vilão malvado e consegue, sim, voltar pra casa, feliz e com a certeza do dever cumprido.

PS: E pra quem ficou feliz com a notícia de que a garotada não morreu mas também não sabe como a série terminou, não vou postar nenhum spoiler aqui, não. Deixo vocês com o link pro site do Michael Reeves, roteirista da série, onde podem ler (sorry, em Inglês) o script dessa preciosidade. ;)

Sunday, August 31, 2008

Eu quis dizer, você não quis escutar que há flores por todos os lados


Quer ver uma louquinha cantando a plenos pulmões e pulando feito uma perereca no meio da sala (fazendo jus ao apelido de adolescência)?

Pois então devia ter me visto (ou será "assistido") hoje (domingo) vendo o Faustão (sim, eu sei... :P) quando o Paralamas e o(s) Titãs tocaram numa apresentação me-mo-rá-vel! Cada sucesso dos anos 80 que eles iniciavam eu (e, acrescente-se a isso, toda a platéia lá no teatro) eu ia à loucura porque, gente, eles são fantásticos! E não falo só do Herbert Viana com sua recuperação digna de filme concorrendo ao Oscar de melhor roteiro dramático, falo das duas bandas como um todo. As músicas, seja de um ou outro grupo, se tornaram clássicos atemporais e desafio qualquer um a tentar resistir sequer aos primeiros acordes de, por exempçlo, "Meu Erro". Não dá.

Eu tentei e, como já confessei desde as primeiras linhas deste post, fracassei redondamente. E quer saber? Foi muito booooooooom! Não só pela trip down memory lane que as músicas proporcionaram, mas pelo simples prazer de cantar bem alto e dançar muito ao som de uma música boa, coisa que, convenhamos, está raro hoje em dia.

Por isso, viva Paralamas! Viva Titãs!

Friday, August 29, 2008

And I mean it... ;)


Visit MyCoolEspacio.com

E tem como resistir? ;)
EU não consegui: tive que postar. E você, vai "arriscar" a ira da ferinha aí...?

That's a wrap!

E, voltando de um encontro sobre gênero (Fazendo Gênero 8), com mais de 2000 participantes, não podia deixar de dar um fechamento para Pequim 2008.



Valeu, meninas! Vocês foram DE-MAIS!!!

Londres 2012, nos aguarde... ;)

Saturday, August 23, 2008

Dumbices

HAhaHAHahAHahAHhaHAHa!!!!

Não consegui parar de rir até agora! :D

Broom Hilda by Russell Myers © 2008 Universal Press Syndicate
Courtesy of
GoComics.com

Hit me baby one more time


E veio outraaaaaaaaaaaaa!!!! E das MENINAS!!!

Depois de muuuuuita espera (duas Olimpíadas) e dois bronzes amargos, chegou a vez delas - mais do que mereceida!

O BRASIL É OURO NO VÔLEI FEMININO!!!!



Parabéns, galera e parabéns não só pela medalha, mas por uma verdadeira AULA de voleibol (gente, o que eram os rallies durante a partida??? A bola não caía!). Parabéns também ao técnico Zé Roberto que nos deu o primeiro ouro no vôlei com o time masculino em Barcelona 92 e agora o primeiro (de muitos, I hope!!!) do feminino. O cara é fera. :)

Friday, August 22, 2008

Girl Power!!!

Eu já torcia por ela há anos. Sofri pela injustiça feita a ela (um doping por causa de um creme pós-depilatório que ela passou na perna) e sempre torci pela volta por cima porque eu sabia que ela tinha fibra, alma e coração de campeã. Hoje me senti vingada e minha já antes certeza foi confirmada:

Maurren Maggi, MEDALHA DE OUROOOOOOOOOOOOO!!! E é do BRASIL-IL-IL-IL!!!!



Valeu, menina!!! Girl power forever!!! ;)


Thursday, August 21, 2008

Necessidade Humana

Quando se trata de amigos músicos, eu admito que vivo falando do John, mas hoje vou falar de uma banda daqui mesmo - e quando digo daqui, não é Pelotas, sorry, mas Porto Alegre (o aqui é Rio Grande do Sul céu-sol-sul, terra e cor, BRASIL!) - sobre a qual eu já devia ter falado há muito tempo: Necessidade Humana.

Fora o fato de serem uma galera muuuuuuuuuuito gente-fina (beijo, Sr Kiko!), eles fazem um pop rock com toques de jazz & blues que é TRI-LEGAL. Vale a pena conferir no site deles ou na página da banda no MySpace. Por enquanto, fica só uma "palhinha"... :)

PS: Eles estão em negociações para vir tocar em Pelotas e moi aqui tem a honra de ter uma enorme parcela de responsabilidade nisso... ;)

Once in a while...

Nós também sabemos fazer 4X1... ;)


Tuesday, August 19, 2008

Wanna listen to GREAT music?

Aos pouquinhos vou me familiarizando com uns "brinquedinhos" do MySpace, e o último que descobri está ali à esquerda, um pouco abaixo do slideshow com as minhas fotos (sim, nas - poucas - horas vagas sou aspirante a fotógrafa... :P ): um link pra "pedir" pro John vir tocar em Pelotas.

EU SEEEEEEEEEEEI que é praticamente impossível ele se despencar de Montreal até aqui (já até brinquei com ele pra ele vir visitar uns primos que ele tem na Argentina, mas ele disse - com razão!!! - que é unfortunately too damn far from Canada). O objetivo dele com esse link-contador (e tem muita gente com blogs e páginas com o coisinha esse pedindo pra ele ir tocar nas respectivas cidades) é ter uma noção de onde as pessoas ouvem a música dele e gostam. Além disso, lá na América no Norte TUDO vale como medidor de popularidade e, a partir daí, surgem convites pra apresentações, as músicas tem mais chance nas rádios, etc, etc, etc.

So, if you like his music (dá pra conferir aqui), click!
Não demora muito e além de ajudar ele, dá uma força pra mim também, pois sabe como é: a esperança - nesse caso, de ele vir até aqui - é a última que morre... ;)

Monday, August 18, 2008

Vaguely familiar

Alguém aí reconhece a locação da propaganda...? ;)


Viva Satolep!!! :D

What's in a name

Hehehe... eu e o meu irmão estamos "tri"--orgulhosos: tem um Márcio e uma Renata nas semi-finais do vôlei de praia.


Espero que os nomes continuem dando sorte e os nossos "xarás" tragam umas medalhinhas pra casa... ;)




Sunday, August 17, 2008

Moving On

Algumas pessoas andaram me perguntando de onde tirei a frase que está no meu profile do Orkut (She's been around the world and she's been thinking / about moving on again...), então resolvi explicar.

Well, ela é do refrão de uma música (quem me conhece sabe que isso era mais ou menos óbvio... :P ), Moving On, composta por aquele meu amigo, o John Nathaniel, mas da época em que ele era o vocalista do Mentake, uma banda equivalente ao Skank só que canadense (com direito a toda a fama, turnê nacional, etc, etc, etc). A banda se separou depois da turnê e o John hoje está em carreira solo, o que foi bom pra ele mas ao mesmo tempo uma pena, pois o som do grupo era bem legal.

Aqui está o clip da música, exibido em uma das entrevistas deles pra uma espécie de MTV de lá. Enjoy it! ;)

Friday, August 15, 2008

Golden boy


Bah, até que enfim desencantou e saiu a medalha de ouro do Brasil (sim, porque estava FEIA a coisa... :P )



TODOS os PARABÉNS do MUNDO pro César Cielo. Valeu garoto!


PS: ÓBVIO que me emocionei ouvindo o Hino Nacional. Era o Cielo chorando lá e eu chorando aqui... ;)

Friday, August 08, 2008

Crash and Burn

É muito legal quando a gente pode dividir a felicidade de alguém com a conclusão de um trabalho bem feito. O John, aquele amigo meu músico no Canadá, acaba de ter o trabalho mais recente dele lançado no site iTUNES (que é onde quem é chique, geralmente mora na América do Norte e, óbvio, tem iPod ou Mac pega músicas :P). Ele mandou um video promocional (esse aí embaixo) no qual ele dá uma preview de algumas músicas:


Os trechos que aparecem são das músicas (em ordem) Reason to Live, Sleeping With the Enemy, Stay (minha favoritíííííííssima - e dele tb) e Crash and Burn (a primeira de todas a ficar pronta e que eu tb adoro).

Se alguém tiver interesse em comprar as músicas (não vai ser lançado em CD, só em formato digital) mas não tem iPod, além de iTUNES tem em formato mp3 também, daí é só falar comigo que eu explico como faz (ou acessar direto a loja da CDBaby).

E por enquanto eu fico por aqui, festejando também e - claaaaaaaaaaaaaaaaaaaro ;) - ouvindo John Nathaniel.

Tuesday, August 05, 2008

Dawson's time

Há tempos já não me espanto mais com as coincidências que acontecem na minha vida. Estar ouvindo uma música - de um cantor americano! - e passar um clone da figura na rua na mesma hora é fichinha; querer saber que horas vai passar um programa, ligar a TV e dar a chamada pro dito cujo com dia, horário e tudo, ali na lata, também. O que não deixa de me surpreender, porém, é o impacto que certas coincidências acabam tendo, no sentido de com que elas estão relacionadas. Já explico.

Há uns dias atrás liguei a TV a cabo - siiiiiiim, ainda estou refugiada na casa dos meus pais porque não acabaram as arrumações no meu apê... :/ - e estava passando um especial na E! Entertainment Television sobre os atores do Dawson's Creek (como eles eram na época da filmagem da série, como eles foram evoluindo e por onde andam hoje). Só de olhar já me deu uma nostalgia enorme, lembrando das aulas de Inglês com uma turma que era fã de carteirinha da série, de não perder um episódio que fosse, e cuja aula (uma das duas semanais) era exatamente no dia seguinte à exibição pelo Canal Sony. Os dez ou quinze primeiros minutos da aula eram inevitavelmente uma discussão sobre o que tinha acontecido na noite anterior: opiniões, previsões, indignações, aplausos, identificações com personagens e situações, tudo era motivo pra gente conversar, e era muito, muito gostoso (Roooooobs, que saudadeeeee). E o mais legal era que eles ainda prestavam atenção nas FALAS dos personagens (que eram FAN-TÁS-TI-CAS) e depois a gente discutia o que os atores tinham dito, as expressões e palavras novas que os alunos não coneciam e tinham aprendido (pois ééééé... TV também PODE ser cultura!), muito bom mesmo.

Corta a cena e avança para o dia seguinte na minha vida (depois de ver esse especial na E!). Vou tomar café e ligo a TV da cozinha no Canal Sony. Adivinha oque está passando...? YESSSS, Dawson's Creek, e ainda peguei bem na hora que estava terminando o teaser (aquela partezinha que dá antes da abertura e que é uma espécie de "veja-sobre-o que-o-episódio-de-hoje-é") e começando a abertura, essa mesma que está aí embaixo (pena que a pessoa que postou no YouTube cortou a parte de baixo da tela).


Quando começou a tocar a música e as imagens começaram a passar na tela foi como uma viagem no tempo em sensações. Por 40 e poucos segundos senti as mesmas coisas que sentia naquela época: uma liberdade recém-conquistada, uma expectativa por uma mundo de coisas melhores e aventuras que se anunciavam, um feeling por dentro querendo explodir de que o mundo e a vida estavam à minha frente para serem conquistados, uma felicidade boba - meio ingênua até - causada por eventos aparentemente insignificantes mas totalmente meaningful no contexto da época, uma sensação de alegria e realização resultante de pura e simplesmente passar tempo conversando com amigos(as) - não, eu não era adolescente na época do Dawson's Creek, mas praticamente me sentia como.

Essa enxurrada de sensações foi tão forte e me pegou - essa sim - tão de surpresa que fiquei sem ar, e depois que terminou a abertura e ficou só o tum-tum da música da Paula Cole tocando no ar e batendo junto com o meu coração acelerado, só pude mesmo sorrir, e passei o resto do dia walking on air, feliz da vida, por ter revivido - ou será re-sentido??? - uma das melhores épocas da minha vida.

PS: ÓBVIO que despois desse resgatei o meu CD (bah, na época nem se falava em mp3 ou baixar músicas!!!) com as músicas da trilha sonora e por uns dias ele tocou direto... ;)

Saturday, July 26, 2008

Rotineiramente lindo

Amei esse poema:


"A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O inicio é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.
A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção.
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem a sua beleza."
(Campanha "Tododia" da Natura)

Quem disse que rotina não é legal? ;)

Thursday, July 24, 2008

It was about time


Longe de poder merecer o status de príncipe, agora pelo menos desencantou (putz, tava difícil de ele marcar! :P ).
Nilmar: dois gols (a zero!) no São Paulo.

Keep it up, babe!!! ;)

Tuesday, July 22, 2008

Smells Like Cinnamon Spirit

O piso do meu apartamento é lindo, de parquet, daueles antigos que tem um desenho diferente em cada peça, mas o tempo não foi muito amigo dele, não, então como em breve terei um roupeiro no meu quarto (Êêêêêê!!!! Woooooooooooo-hooooooooo!!!) e não precisarei empilhar - literalmente :P - as minhas roupas no quarto ao lado, resolvi mandar lixar e passar sinteco antes que detonassem com meu armário novo depois.

O findi, então, foi pra retirar os móveis de dentro do quarto, espalhá-los pelas outras peças do apartamento (que com isso virou aPERtamento) e me refugiar com o Milo na casa dos meus pais, e ontem chegaram os lixadores com suas super-máquinas. Eu, já apavorada com a sujeira infernal que uma lixação faz e com o fedorzão do sinteco que eu ia ter que encarar, fui dar plantão lá enquanto os homens trabalhavam. Foi aí que aconteceu [mais] uma agradável surpresa - o que aliás parece ser a tônica do momento na minha vida (se bem que hoje em particular estou meio cynical & disappointed em relação a isso, mas essa é outra história... :/ ):

Quando as máquinas começaram a funcionar, um cheiro diferente começou a vir do quarto. Era um perfume gostoso, familiar, de.... canela!!! Era um cheirinho fantástico, uma coisa meio surreal no meio de toda aquela bagunça. No primeiro intervalo que os lixadores fizeram eu fui lá xeretar e perguntei se o perfume era do piso lixado. Eles disseram, "É sim, dona. Esse piso é antigo, é dos bons. É madeira de canela."

Foi maravilhoso. Pena que não vai durar - hoje mesmo, quando eles começaram a calafetar as juntas com uma meleca de pó de madeira com sei-lá-o-quê ele já diminuiu, e quando passaram o sinteco então, vai sumir de vez. Mas fica pelo menos a lembrança do perfume e a recém-descoberta percepção de que durmo, ora vejam só, lying on cinnamon. ;)

Thursday, July 17, 2008

Friends Will Be Friends


I didn't know a post could cause such frisson: people e-mailing me to tell me off about how on earth I dare comparing them, long-time friends, to new-found people.

I WASN'T comparing. I was simply saying that these people I met in MySpace and I have become more than just names on each other's lists, that our messages have - in most cases - moved from those nonchalant "Nice work, keep it up" to conversations involving even - also, in many cases - personal life (their history, their tastes, common passions of ours). Just that.
No way I could compare people I've known for such a short time to others who have been through storms, rough weather, hell & high water with me. No way people that I know would - literally - walk on broken glass to help me (thanks John for the illustrative image ;) ) - and I for them for that matter - could compare to others whom I've never even SEEN except on a computer screen. Maybe some day I'll meet them in person, maybe some day I'll be able to say that we, too, have been through things together and shared things that make our friendship that special - and, as unlikely as it may sound, I believe it's possible - but for now, they belong in different levels.
There are friends and there are FRIENDS. The ones from MySpace are the first group, the ones I'm talking to here (and among whom some unfortunately got piqued by my using of the word) are obviously the second, but all of them, all of YOU are in my heart.

And, believe me, I've got a pretty big one in here. ;)

Wednesday, July 16, 2008

MySpace-ing


I confess: I joined MySpace. It was something I did on impulse but which ended up proving to be worthwhile. The story goes like this...

I was looking for some David Cook's songs to listen to while working at the computer - you all know I spend waaaaaay too much time in front of the monitor working on my thesis - and his page on that site came up when I "googled" for them. I checked it out and unlike myself I did something very fan-like: I decided to leave a message for the guy (not that he needed it, he must get MILLIONS of messages a day). The thing is that I thought, "What the hell, I'll just say something like 'All the best and lots of success' to show I've been here as I'd like people to do when they read my blog"" (and, YES, it's a complaint! :P ) and so I did it. However, to do so you have to register and get your own page, something like that. All right then, register, here we go... done. I made my profile page a bit later and that was when, out of the blue, requests to be my friend started to pop up (?!?!?!).

I went to verify who all those strangers who wanted to be my friends (how odd is that???) were and saw that most of them were musicians trying to make their work known to the highest number of people available. Nothing wrong with that, but I felt caught in the online version of the baseball card collectors competition, you know, "See, I've got more friends/fans than you... :P " , like a MySpace version of the saying "The more the merrier" (and, NO, David Cook doesn't fall into this category). I know it's something they HAVE to do in order to promote their music and get out of obscurity, but... I don't know, it bothered me somehow that they weren't inviting ME to be their friend, they were inviting just "someone".

Moreover, I hadn't joined the thing to ostentatiosly go around "Hey, I'm friends with (fill a famous name in here)" or to break records in friend-making, so I took a look at all those requests and accepted the ones I felt I did have something in common with, whether it was because I liked their music (the case of John Nathaniel, whom I've mentioned in a previous post, or Adam McInnis) or because besides that they were Brazilian (like Apoena or Necessidade Humana). To all of them I sent a short message to say "Hi", give my views on and opinion about their songs and wish them success. That was when a surprise came into the picture - and, ladies and gentlemen, the surprise was good... :)

All of thse artists surfaced from the flood of messages they receive every day (John I know for sure spends HOURS reading and answering his) and replied mine. And it wasn't simply a polite answer, they were personal replies, some even with questions for me, showing that beneath the image we see of them in YouTube videos and all there's a real person - and that realization was like a breath of fresh air in a world where image is everything and everybody fights for their 15 minutes of fame so desperately that they forget to be human. I can say now that I accepted those guys as friends expecting nothing, and they've given me a lot in return: they've restored my faith in people. I accepted them as friends not believing in the word being applied to describe them, but now I can unequivocally use it as I say their names, for that's what we've become after exchanging messages for some time. We've surpassed the stage of being mere aquaintances to reach that level.

No, I'm not boasting - this is not about whom I'm friends with. It's about what kind of friends I've met, and for me they are absolutely nonparell, peerless, really unique indeed, because they've turned MySpace into a place I long to visit every day, to see, listen and to talk to my friends.
PS: This post was written from top to toe in English in a homage to them and just in case they decide to stop by and pay me a visit here (the Brazilian ones have an upper hand because they know English too - and even some Spanish, no es asi, Apoena? ;) )

Wednesday, July 09, 2008

Fueled by music


Em um dos livros com que trabalho no curso de Inglês onde dou aula tem uma lição com um texto sobre o futuro no qual o autor diz que daqui a não sei quantos anos (acho que 50) haverá uma nova espécie de ser vivo na face da terra, o Homo Ciberneticus, pois as pessoas serão/estarão "equipadas" para conectarem seu cérebro diretamente ao(s) computadore(s). Essa imagem me dá arrepios só de pensar! Parece spookily similar ao filme Matrix, naquela parte que o Neo descobre como ele é de verdade e que tem umas "tomadinhas" no corpo pra se "plugar" na máquina... :P

Anyway, outro dia andando no Calçadão percebi que uma outra espácie de ser humano JÁ SURGIU, pelo menos aqui em Pelotas: o Homo Musicallis. Me vi de repente cercada, ali na frente da Hercílio, por nada menos do que cinco pessoas que estavam - TODAS ELAS - ouvindo seus mp3/mp4 players (ou iPods, sei lá. Pode ser que algum deles fosse chique... :P ). Ah, sim: myself included. Todas as cinco. Segui andando e passei por mais um monte de gente também portando/usando os mesmos inconfundíveis fiozinhos do lado da cabeça e fones embutidos nas orelhas. Alguns, como eu, murmurando baixinho a letra da música (na verdade, singing along, como todo/a vocalista frustrado/a), outros concentradíssimos em pensar na vida, mas todos com uma característica em comum: movidos pela música que toca(va) nos fones. Homo musicallis, cada um e todos nós.

Eu admito: sou VI-CI-A-DA em música. Não bastasse ter sempre algo tocando no CD player ou no computador em casa, ultimamente não consigo sair na rua sem o meu mp4. Sou literally fueled by music. Assim, gente, se passarem por mim, me chamarem e eu não ouvir, não é antipatia, não. É que a Musicallis aqui está em outro mundo, um onde estou, por exemplo, having "The Time of My Life" ou "Realize"-ing alguma coisa. ;)

Mirror image


Sometimes I feel just like this...

Courtesy of GoComics.com
Broom Hilda by Russell Myers - © 2008 Universal Press Syndicate

Tuesday, July 01, 2008

That's What Friends (and Fans) Are For...


Oi, pessoal! O post desta vez vai ser um pouquinho diferente... :)

Tem um amigo meu canadense, John Nathaniel, que é músico e está tentando conseguir que uma das músicas dele toque nas rádios dos EUA. Um dos jeitos de fazer isso é se a música dele tiver um número grande de acessos nesse site (é uma espécie de plataforma de lançamento para artistas novos e por ali eles medem a "popularidade" da pessoa...). Se ela for bastante acessada, os "olheiros" das rádios colocam a música no ar.

Sei que voês gostam de música e essa aí é uma baladinha bem legal, então vamos far uma mãozinha pro John e escutar a música dele? Basta ir em:

http://www.z100.com/cc-common/artist_submission/player.html?art=170785

O nome da música é Ever. Podem acessar sem medo, o link é seguro. às vezes antes da música começar a tocar dá umas propagandas, mas em seguida ela já começa.

O John e eu agradecemos e esperamos que vocês gostem do trabalho dele!
PS: Podem comentar aqui que depois eu repasso pro moço... ;)
PS#2: Se gostarem mesmo do som, dêem uma olhada na página dele no MySpace (clicar aqui). Lá tem mais músicas - a Stay é linda!.

Have a little patience

Aqueles que costumam passar por aqui sabem de um pequeno "defeito" deste site sobre o qual já comentei: se a gente faz o rascunho de um post, depois quando se efetiva a postagem ele aparece láááááá atrás, e não como se tivesse sido recém publicado.

Daí, galera, voltem um pouquinho porque depois do sobre o Tholl tem um post-bobagem cujo assunto, apesar de bobinho, volta e meia me aparece na frente.

E boa seman pra todos/as! :)

Saturday, June 28, 2008

Cirque du Soleil??? Eu quero é Tholl!


Se eu não tivesse conhecido o João Bachilli há mais de 25 anos atrás (ele ajudava a Glaura - a minha professora de Educação Física na época - e a gente nos nossos treinos de Ginástica Olímpica no Pelotense) e não conhecesse a dedicação e a gigantesca capacidade criativa dele, eu custaria a acreditar que o Tholl é genuina e verdadeiramente daqui de Pelotas, no que, tenho certeza seria acompanhada por muitos de meus conterrâneos.

Desde a primeira vez que vi o espetáculo Imagem e Sonho fiquei fascinada (com o "agravante" de que na trilha sonora eles incluiram trechos da soundtrack da Sociedade do Anel, o primeiro filme da trilogia d'O Senhor dos Anéis, filme pelo qual sou absolutamente LOUCA!). Tudo era de uma magia que me deixou sem fôlego e literalmente em lágrimas (de emoção e de riso, porque a parte da sátira à ópera Carmen com pedaços da coreografia original do ballet é impagável! :D) Virei criança assistindo e quase invejei as que estavam lá por poderem presenciar aquilo tudo naquela idade e, como só as crianças conseguem, acreditar mesmo que AQUILO é a realidade, e que a nossa vida nesse nosso mundo "de verdade" não passa de mera ilusão.

Depois de assistir não sosseguei enquanto não convenci meus pais de que eles tinham de ver o espetáculo também e, depois de vê-lo, eles ficaram igualmente encantados - e olha que eles assistiram um show do Cirque du Soleil quando estavam visitando a África do Sul. O Tholl, segundo eles, não fica devendo nada.

Assim, quando o meu pai viu no jornal a propaganda do novo espetáculo, Exotique, em única apresentação no meu amado Thetro Guarany e com direito a replay do Imagem e Sonho, ele decretou que queria ver a todo custo e que eu ou a minha mãe tratássemos de comprar as entradas antes que se esgotassem.

E com isso lá estávamos nós na platéia quinta-feira passada, sentados na fila J do teatro lotadésimo. Abrem-se as cortinas e começa o novo show. Elenco novo, nervosismo de estréia, necessidade de alguns polimentos e acertos aqui e ali e talvez um pouco mais de números digamos "ginásticos" mas all in all um espetáculo fascinante. Muito moderno, muito techno, altos efeitos de luz (malabares de neon no escuro??? Cara, eu não faço nem em plena luz do dia!!!) e um número com um cara rodando dentro de um aro em posição de Vitruvian Man do Da Vinci que deixaria o Pilobolus trocando orelhas: tudo indica que Exotique vai seguir os passos do Imagem e Sonho e se tornar outro sucesso estrondoso. Eu, de minha parte, torço por isso de todo coração.

E, se alguém me perguntar, digo sinceramente e sem recalque algum: não vi o Cirque du Soleil em Porto Alegre, mas tampouco sinto como se algo tivesse ficado faltando, pois tenho o meu próprio, o nosso very own - de Pelotas, minha gente!!! - Tholl.

City of clones


Como nem sempre dá pra falar sério e/ou de coisas sérias, hoje vai um post beeeeeeeeeeeeeeem trivial, às raias da bobagem mesmo. Mas, pelo menos pode deixar as pessoas pensando - e prestando atenção ao andar na rua.

Há muito tempo percebi uma coisa: aqui em Pelotas há um clone pra todo mundo (tem gente que diz que existe uma guria que é I-GUAL-ZI-NHA a mim andando por aí. EU ainda não vi... :P ). De pessoas famosas, bah, tem às pencas. Hoje mesmo passei por um Val Kilmer - tá, tá certo que era um Val Kilmer abatumado (o dito cujo devia ter no máximo a minha altura... :/ ), mas a cara era sem tirar nem pôr a do ator hollywoodiano. E além desse aí tem outros(as)...

Tem uma antiga secretária lá da escola que é idêntica à Sandra Bullock. Tem um amigo meu (e leitor deste blog) que é o Edward Burns em pessoa.

Tem um aluno meu que é o George Clooney versão young. (foto abaixo pra quem não consegue imaginar).

Quer a Beyoncé? Tem: uma das nossas atuais secretárias lá na escola. Quer o vampiro bonitão do (agora extinto :/ ) seriado Moonlight, o Alex O'Laughlin? Tem: um amigo meu, tecladista de uma falecida banda de rock da cidade e que hoje trabalha numa loja de artigos para música (ok, ok, tem que adicionar um pouco de cabelo ao clone pra ficar igual, mas é!). Quer um mix de Antônio Banderas com Eric McCormack do Will & Grace ? Tem: o guitarrista da mesma desaparecida banda. Jude Law moreno? Tem: o meu Sweetie. Minha mãe mesmo, quando era criança, era a Shirley Temple. Olha só as duas:

E não fica por aí: eu e a Lívia (Migaaaaaaaaaaaaa!!! Saudade... - quando acaba esse teu Doutorado em POA, hein?) tivemos a chamce de nos defrontar certa noite com um Frodo (Elijah Wood) desfilando Tulha adentro (esse, ao contrário, não estava abatumado: tinha era tomado chá de bambu, pois 1 metro e 80 e pouco pra um hobbit é muito!). Outra: há uns anos atrás tinha até um cara que estudava Agronomia, pegava o ônibis pro Campus na frente do Theatro Avenida e era o Brad Pitt em Lendas da Paixão sem tirar nem pôr (aliás, segundo outra amiga minha, a Luana, ninguém sabia o nome do cara: ele era conhecido simplesmente por... Brad Pitt!). Pena que se formou e sumiu.... :P

Bom, seja como for, às vezes me pego pensando "Por queeeeeeeee é que eu não ando com uma câmera pra fotografar esses clones???" Daria, no mínimo, uma página bem curiosa na Internet!

Além desse, meu único lamento é que ainda não vi nenhum Aragorn (Viggo Mortensen) ou Legolas (Orlando Bloom loiro) treading the streets of Satolep. Aliás, se me encontrarem desacordada, desmaiadinha da silva mas feliz da vida por aí, não duvidem que foi porque o clone de um deles cruzou o meu caminho... :)

PS às pessoas-clone aqui mencionadas: tenho foto de vocês, sim, mas não se preocupem: não vou publicá-las nem divulgar seus nomes. ;)

PS aos marmanjos de plantão: siiiiiiiiiiiiiiiiim, nós tínhamos Brad Pitt, mas podem ir tirando o cavalinho da chuva por que nunca vi nem sinal de nenhuma Angelina Jolie por estas terras, não. (e a seqüência de negativas foi proposital para dar ênfase ao "não teeeeeem!")

Friday, June 27, 2008

On reverse gear


O time do coração da gente perde (aliás, não uma, mas vááárias partidas... :/ ). A boa notícia que te levou a sorrir até doer os lábios e quase sair dançando pela rua à la Gene Kelly toma um banho de água fria sem qualquer relação em absoluto com Singing in the Rain. Sua colega de trabalho e super-amiga pede demissão. Seu estágio tão esperado dando aulas de Literatura de Língua Inglesa II na UCPel pela segunda vez (ou seja, melhorando seu currículo) fica por um fio já que agora, com menos professores, os horários onde você trabalha não estarão mais tão flexíveis. Seu cachorro pode estar, de novo, com problemas de cristais de magnésio (que acabam levando a cálculos renais se não forem eliminados) na urina. Uma seqüência "daquelas" em questão de dois dias.


Pronto. O peteleco foi dado again, mas desta vez os dominozinhos se foram pro outro lado, despencando em movimento unstoppable não-retilíneo uniformemente variado, e pra salvar a coisa toda de desandar de vez, só dois fatos improváveis mas que - vai saber por quê... - se fizeram realidade: 1) uma completa desconhecida te liga do nada e se oferece para levar o que quer que você queira mandar pra um ex-companheiro de programa de intercâmbio, super-amigo também, arquiteto venezuelano, que mora na Bélgica; 2) dois artistas não muito famosos mas tampouco completos iniciantes que você conheceu no MySpace (um brasileiro e um canadense) não só respondem à sua mensagem de "parabéns-pelo-trabalho-e-todo-sucesso-em-sua-carreira" como seguem trocando correspondência, provando que nem todo artista é metido/convencido e que tem gente ainda muito legal e muito down-to-earth nesse meio.


Ou seja, há esperança de que alguma coisa ou alguém (seja lá o quê ou quem for - você decide!), metendo o dedinho na linha de deslocamento das pecinhas, possa parar o tombamento delas pra esse lado infeliz e, indo pro fim da fila delas, dê o "piparote" (essa tirei do fundo do baú, mas é que "peteleco" já estava ficando monótono) coloque as coisas em uma paradoxal reverse gear positiva.

Sunday, June 22, 2008

Winds of change


Invernos no nosso amado Rio Grande do Sul-céu-sol-sul-terra-e-cor são sempre ventosos. Nem que seja aquele famoso ventinho cortante feito gilette conhecido entre nós como "minuano", sempre tem uma aragem soprando. Este inverno, no entanto, parece estar sendo (sorry pelo gerundismo :P ) particularmente ventoso.

Depois que nos mudamos das Três Vendas/Terras Altas pro Centro - e a mudança foi no dia do meu niver, 26 de julho, portanto um dia de invernaço dos bons - o apartamento dos meus pais não demorou a receber o codinome de O Morro dos Ventos Uivantes. Acontece que a maioria das janelas dá para o corredor de entrada da garagem, e do outro lado dele há uma casa térrea mas que, por ser antiga, é alta. e assim se forma praticamente um tubo (sabe aqueles de teste de resistência de vento que colocam um turbinão soprando e os técnicos/cientistas ficam medindo a aerodinâmica de sei-lá-o-quê? É bem essas...). O resultado é que qualquer brisa mais forte uiva feito lobo em lua cheia por ali. uma coisa de louco.

Bom, depois me mudei pro meu apartamento e peguei invernos frios pra caramba, mas nunca tinha visto nenhum tão ventoso como este. Nas últimas semanas a coisa chegou ao ponto de assustar porque, convenhamos, no 4º (na verdade 5º porque tem o hall lá embaixo) andar venta beeeeeeeeeeeem mais do que no térreo (como é o apartamento dos meus pais). Lá nas alturas o vento não só uiva, mas bufa, resfolega e se estabaca contra as paredes - e, pior, contra as janelas - como um sasquatch bêbado e com dor de dente. Sério, essas últimas semanas têm sido uma preview live de como seria o Twister 2 - Mais Forte e Mais Furioso caso fosse lançado em Hollywood no próximo outono. Um horror. Os vidros das janelas, mesmo com as venezianas fechadas, estalam feito papel celofane sendo amassado e a gente fica só esperando quando é que um deles vai fazer aquele barulho característico de espatifamento.

Mas, ventoso ou não, esse inverno não trouxe com ele winds of change. A cidade continua a mesma de sempre. Leio hoje no jornal sobre a perspectiva da construção de shopping center(s) - sim, pode sacudir a cabeça: assim como você eu também já li/ouvi isso milhõõõões de vezes - e lembro de uma conversa ontem com a minha prima enquanto tomávamos (comíamos???) um sopão delicioso em família (preprarado pela minha mãe) de que em Fortaleza (siiiiiiiiiiim. no CEARÁ, com todo aquele calorão) existem casas que são simplesmente buffets de SOPA, enquanto que aqui, com todo esse frio, não se consegue ter um lugar assim (por várias razões, inclusive falta de público freqüentador suficiente pra manter o negócio funcionando, massssssss, enfim... :/ ). Depois, falo com amig@s que estiveram no FENADOCE e o comentário geral é o mesmo, "Éééé... tá legal... mas é a mesma coisa de sempre" (em tempo: a entrada com as "aguinhas dançantes" recebeu menção e elogios).

Bem, admito que não tem muito o que mudar mesmo em termos de expositores (comércio e indústria por aqui estão quase em reverse gear), mas o que acho que leva muitos a classificarem o evento de "sempre a mesma coisa" é um certo desapontamento em relação a edições anteriores no que se refere a atrações paralelas. Já houve tempo em que os shows eram com grandes bandas, famosas a nível nacional, tipo Skank (ou será que foi o Jota Quest que veio? - não lembro direito porque estava thrilled demais com os amigos de uma banda local que fizeram o show de abertura para eles...) e outros igualmete empolgantes, a ponto de as pessoas fazerem fila pros ingressos e, conseqüentemente, pra ir à Feira em si. Hoje, porém, o máximo que se tem são boas apresentações com bons músicos locais. Nada contra eles - muito pelo contrário!!! -, mas pra quem já os conhece, já gosta e acompanha o trabalho deles, costuma prestigiá-los fielmente na noite pelotense e tudo o mais, fica aquele gostinho de "sempre a mesma coisa". Daí fica a Feira sempre na mesma, a cidade sempre na mesma e a gente, por default, igualmente na mesma.

Tá na hora desses winds que andam soprando tão forte por aqui trazerem com eles umas changes pra Pelotas - e, se der, pras nossas vidas também.

Saturday, June 14, 2008

Frase da semana

Da que passou ou da que começa, tanto faz. "Roubada" (Robs, merci beaucoup/thanks for the courtesy) do blog de uma amiga:

Your life is an occasion. Rise to it.*

Me achei!

Há! Fui "Google myself" pra ver o que aparecia e - vejam só! - estou sendo citada! :P

Check it out: http://pavablog.blogspot.com/2008/05/tolkien-e-seus-anis.html

É uma página de um blog que reúne trabalhos científicos publicados sobre O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, e a minha dissertação de Mestrado está lá. Cool!

Como diria Fox Mulder, "Isn't it nice to be suddenly so highly regarded?" ;)

Friday, June 13, 2008

Domino effect


Sabe aquelas epocas da vida em que uma coisa acontece e depois dela uma seqüência de outras coisas "desanda" a acontecer (o famoso "efeito dominó")? Pois é. Tem vezes que as pecinhas caem pra um lado e a gente entra em um redemoinho de desastres naturais (alguns não tão naturais assim...) que se fica torcendo pro fundo do poço chegar logo e a gente poder respirar - e nem ouse pensar "Putz, ESSA bateu todos os records!" porque, como diz o motto da minha antiga turma de Mestrado, "SEMPRE pode ficar pior...".

Massssssss - thank goodness! - às vezes as pecinhas caem pro OUTRO lado. Uma coisa dá certo num dia (um show do Maná, reencontrar um conhecido interessante na excursão), outra no dia seguinte (uma conversa inesperada com outra pessoa, essa muito mais conhecida e mais interessante ainda), mais uma no outro dia (uma idéia FERA pra um artigo ou trabalho a ser apresentado em algum futuro congresso), e outra no depois desse (a perspectiva de alguém que se julgava.... hummm... lost & possibly 947 km away voltar a fazer parte da sua vida), enfim, uma seqüência de eventos surpreendentes que partilham a característica de te colocarem um sorriso no rosto (ou, dependendo, quase sair dançando pela rua de tão feliz às 8:30 da noite depois de uma reunião quase surreal de tão insuportável). Essas vezes podem até não ser tão freqüentes quanto as outras (as pecinhas do dominó parecem já estar meio "tortas" ou "viciadas" pro outro lado, o da bad luck :P), mas quando acontecem a gente fica com aquele exhilarating feeling do tipo quando se desce um tobogã de parque aquático: um friozinho na barriga, uma alegria quase ao ponto de explodir, sorrisos repentinos saídos do nada na torcida mais do que fervorosa pra que as pecinhas não acabem nunca e o dominó fique dando voltas e mais voltas, fazendo desenhos cada vez mais incríveis.

Anyway, acho que todo mundo já experimentou o domino effect, ou pelo menos tem uma idéia de como é essa avalanche incontrolável de acontecimentos que vão tomar, como eu disse, uma de duas direções antagônicas e diametralmente opostas (e isso que acabo de dizer é uma redundância absurda, de fazer vergonha a qualquer lingüista, mas soou tão bonitinho que não resisti :P) a partir de uma pecinha inicial que cai. E é nesse ponto, nesse enorme ponto de interrogação suspenso por um segundo antes da tal primeira pecinha do dominó cair que reside a questão fundamental:

Who the hell dá o peteleco inicial e decide pra que lado a coisa vai???