Wednesday, June 11, 2008

Vivir sin música

Domingo passado consegui sair do meu atual estado de total mesmerizement pelo David Cook (as músicas dele tocam DI-RE-TO em qualquer player ao meu alcance. QUE VOOOOOZ!!!) e fui no show do Maná. Não, não é "aquele" show que todo mundo conhece e, se não foi - como é o meu caso... :P -, gostaria de ter ido, o do CD acústico: é o do mais recente CD deles. É mais "rock", mais pesado, mais político. Aliás, todo o show foi extremamente político (comentários sobre como os mexicanos A-DO-RAM os brasileiros - a mais pura verdade, comprovada em pessoa por moi ;) , elogios ao Brasil pela garra com que os brasileiros vivem e sobrevivem) e politizado (letras muito preocupadas com questões sociais e ecológicas).

O local (o Pepsi On Stage) é bem legal, com bancas de comes & bebes lá dentro e tudo (pena a "facada": CINCO REAIS QUALQUER BEBIDA, até água mineral!!! :/ ), o som fantástico, telão pra quem tá atrás (como eu tava) e é baixinha (como eu sou... :P) poder enxergar o cantor sem ser como uma formiga em cima de um monitor de computador e sem ter cãibras nas panturrilhas de tanto fazer meia-ponta pra driblar os cabeções na frente.

A banda, nem precisa comentar. Sou fã deles, mas ouvir ao vivo é deliciar os ouvidos com o som límpido da performance de músicos admiráveis: eles tocam MUITO. Todos. O batera, então, se passou: fez um solo que durou, no mínimo, uns dez minutos (segundo a Lully, que foi comigo ao show, foram uns vinte e ele estava possuído: nem mãe preta dava jeito :D). Ele parecia o coelhinho da Duracell tocando enlouquecido e cada vez que a gente pensava que ele ia parar, ele começava de novo. Até de costas ele tocou - literalmente.

O vocalista - o Feeeeeeeeeeeeeeeeeeer (Lully, ele NÃO FEZ CHAPINHA! :D) - é aquilo tudo que a gente já conhece. Vozeirão, simpático, etc. Fez, claro, aquilo que já virou clichê em todo show de rock, de chamar uma menina da platéia pro palco e - thank goodness! - quando ele pediu pra ela cantar junto ela não fez feio, cantou até bem afinadinha. E, óbvio, tirou suas lasquinhas: abraçou, acariciou, até dançar dançou com ele (e deixou 3/4 da platéia babando de inveja). Não sei se foi só pra puxar o saco da platéia, mas ele disse também que aquele show foi melhor que os do Rio e São Paulo, mas até acredito que sim, pois onde mais no Brasil a platéia canta junto quase todo o show (as músicas novas ainda não "pegaram") en español ?

E aí chego no ponto: o fim do show foi, sem dúvida, o melhor. Eles cantaram TODAS as antigas, desde Corazón Espinado - e, não, o Santana não fez nenhuma aparição especial :( - até Labios Compartidos e as clássicas, as do Unplugged. Foi o delírio, meu e do todos os presentes. TODO o público cantou junto, a plenos pulmões. Em vários momentos ele parou de cantar e a galera seguiu, por vários e vários versos, sozinha, até ele retomar (todo emocionado, diga-se de passagem) a letra. Igual só vi no último show da Marisa Monte no Guarany aqui em Pelotas, quando ela fez igual (parou de cantar), o público continuou, ela foi saindo devagar do palco e todo mundo cantou até o final, num coro único. De arrepiar. E o Maná pulled that off too, conseguiu igual. Foi muito, muito emocionante.

Bom, EU perdi a voz nessa parte, de tanto que cantei, e tá aqui a foto pra provar, tremida e tudo (sim, porque vai tentar cantar, ficar na ponta dos pés e tirar uma foto com a câmera lá em cima pra ver!)


(Pra quem quer ver mais, tem outras fotos no meu Orkut)

Bom, ainda estou me recuperando dos efeitos do show (a voz já tá quase boa, o resfriado que peguei de ficar esperando no sereno da noite o ônibus da excursão chegar na frente do aeroporto (onde fica o Pepsi On Stage) pra nos buscar também já chegou ao estágio de "só fanhoso"), mas de uma coisa me dei conta ainda lá, cantando as músicas do Maná:
Yo no sé vivir sin música

No comments: