Thursday, November 27, 2008

Smells like... - part 2

Sou sem dúvida e definitivamente uma pessoa "visual" - quase surtei quando estudava francês e até a metade do primeiro semestre a professora só traabalhava a parte oral e de compreensão auditiva. Quando peguei o primeiro texto escrito parecia que tinham acendido a luz dentro do meu cérebro, passei a entender tudo e o francês começou a fazer sentido!

Também sou seguramente uma pessoa que depende da audição - acho que morro se não puder ouvir música e um aspirador de pó ligado perto de mim concorre taco a taco com um ferro em brasa enconstando no braço em termos de tortura.

Apesar disso, não posse deixar de reconhecer que o olfato também tem um papel importante na minha vida, como já comentei anteirormente. Agora com esse calorzinho abafado que tem feito nos últimos dias, fui levar o Milo pra fazer o seu peeps (quando eu chamo ele pra ir na rua fazer xixi eu grito "Peeps!!!" e ele vem correndo :P ) no jardim na frente do prédio dos meus pais e as plantas exalavam um cheirinho ma-ra-vi-lho-so! Cheiro de planta, de verde, de jardim na primavera, uma delícia. Daí, tomando emprestada a idéia do Nick Hornby em seu livro Alta Fidelidade (sim, a fanática por livros ataca novamente!), resolvi fazer uma lista, só que de cheiros/perfumes que são especiais pra mim.

Here you are... (e como pensei na lista enquanto cuidava uma prova de Inglês lá na escola, vai nesse idioma mesmo, até porque algumas das idéias são expressas melhor em Inglês - em Português fica comprido demais):

* When it starts to rain (that's my favorite, I guess)

* Dogs paws (even Milo's - and he has "bad paw odour"!) and their heads, right behind their ears, after they've been bathed

* Recently mowed grass

* Freshly baked bread (simply irresistible)

* Newly percolated coffee

* Herbal tea

* Roses and jasmines

* The wind coming from the ocean

* The fruitshop on the corner of my parents' house, that is, the pot-pourri of scents coming form there: papaya + apple + peach + banana + plums + pineapple AND tomatoes (OMG, the tomatoes there smell like heaven!)

* Babies' necks

* Barbecue (I love fish but the smell of barbecue is incomparable)

* The shade under the tress in thick woods

* Home (that unique smell you recognize and identify as "your home")

Bom, esses são os que me vieram primeiro, mas se me lembrar de mais algum, vou acrecentando. E, enquanto isso, vou aproveitando o cheirmho de primavera no ar... ;)

Tuesday, November 18, 2008

Time loop

It seems my last post got some people curious and due to the questions I've got about it, I decided to explain what I meant (and, no, guys, I'm not mad at you for your "Demand Renata"! LOL :D )

So, well, the thing is sometimes I feel like I'm stuck in a time loop. I see situations in my life repeat themselves with slightly different details, and the impression I have is that from where I stand the future will follow the same path and the outcome will be same as the first time it all happened. And even if sometimes this may be a good thing because the situation is a good one, many times I find myself freaking out, thinking that though I have the power to change events, sometimes there are other forces, beyond my control, leading the way things go.

I'm going to give you a silly example: I used to dance ballet, I was part of a dance company which won national dance competitions, the group was awesome but ecause of our personal lives and the paths we decided to choose we broke up and the company kind of died for a while (fortunately it recently resumed its activities with a new cast). Ages later, I decided to start Tai Chi Chuan classes and the class I joined was amazing, very nice girls. The coincidences started when another girl joined the group, and she was.... one of the dancers of my former company! (She's a really nice girl, so i was delighted to have her there). Then, the class progressed fast and the teacher even invited us to make a "performance" for a Chinese master who was in town and joked we should start doing classes outdoors and all, to promote Tai Chi here, etc. Guess what started to happen then....? People started to have problems with timetables, some because of work, others for other reasons but the bottomline is the group is breaking up again.

I know it's a silly example (I warned you !) and I know it's perfectly normal, that things like that (people quitting stuff) happen all the time, but the "replay" of the situation is what strikes me as weird - and scary. This situation is just one, there are many more also happening in my life right now, and one of them is especially good, but in its "original version" (that is, the first time it happened), the outcome wasn't the one I wanted or expected, so here I am watching things follow the same script and hoping for a different ending without knowing if I can really get - even if I actually DO something - to change it.

Summarizing, it's not only the déjà vu feeling or not knowing what the future holds which is scary: it's knowing what may happen and not being sure that you'll be able to have any effect on it.

So, here I am, in the present, living it and loving it, but when I look at the future, the past seems to stare bakc at me like a reflection on a crystal ball, and the future I see in it, though not clear or definite, seems uncannily similar to what I've seen before.

Tuesday, November 04, 2008

Crossroads


And I myself am still trying to decide if THIS is a good thing or not - explanations on the next post... ;)
Ziggy by Tom Wilson & Tom II - © 2008 Universal Press Syndicate
Courtesy of GoComics.com

Monday, November 03, 2008

Hooked on Classics


Eu já falei de como o MySpace me permitiu conhecer gente fantástica, de como fiz amigos/as em diversas partes do mundo e tal, mas uma coisa nova aconteceu recentemente: consegui resgatar uma antiga paixão. E antes que os queixos de vocês se estabaquem no chão ou os olhos pop off the orbits de espanto, já esclareço que não é uma PESSOA, mas sim uma COISA.

Minha mãe dançava ballet quando era jovem (foi por isso que ela me colocou a fazer aulas quando eu tinha 7 anos) e com isso cresci ouvindo música clássica em casa. Segundo ela também, meu bisavô tocava numa espécie de mini-orquestra que havia lá nas Três Vendas / Terras Altas, então a coisa já vem de família. Depois, fazendo aulas de ballet e principalmente dançando nos espetáculos, acabei me apaixonando por esse tipo de música. Sei que a maioria não gosta, que acha chato, blah, blah, blah, mas eu gosto. Algumas me arrepiam, outras me fazem encher os olhos de lágrimas, outras me fazem voar longe, várias me transportam no tempo e assim por diante.

Não tem como explicar o porquê, é o tipo da coisa que só quem gosta de um tipo de música sabe: é aquele tchan, aquele detalhe que toca lá no fundo da alma, e que faz aquele tipo de música ser significativo pra gente.

Pois o que aconteceu foi que, através de um amigo do MySpace (hahaha, dou um doce pra quem adivinhar queeeeeeem? :P ) conheci uma pessoa, um professor de línguas (bah, gente, ele fala Inglês, Francês, Espanhol, Português e está aprendendo Russo!) em Montreal que A-DO-RA música clássica. A "discoteca" (no sentido de "biblioteca de CDs/DVDs/Vinil") dele é imensaaaaaaa e ele sabe MUITO do assunto. Começamos a conversar sobre música e descobrinos essa paixão em comum que, confesso, nos últimos tempos andava meio apagadita pra mim. Conversa vai, conversa vem, ele agora está me ajudando a aprimorar meus - agora mais do que nunca percebo - limitados conhecimentos sobre classical music. Ele sugere músicas, compositores, manda endereços de páginas na Internet com informações, já até me conseguiu uma gravação da sonata favorita dele que, pelo que sei, não deve ser nada fácil de achar.

Com isso, fora o fato de ter ganho mais um amigo - e um amigo muito especial, super-generoso, disponível, interessado e que agora considero como meu classical music mentor - resgatei uma parte de mim que andava esquecida. Uma parte que praticamente todos os dias sa semana vestia meia-calça, leotard (ou collant), sapatilhas, fazia um coque e dançava até as bolhas nos dedos pedirem Band-Aid (o que acontecia quando o esparadrapo de proteção não dava conta do recado), uma parte que via o mundo de cima de um palco, meio cega pelas luzes, mas que entrava num mundo mágico e virava cisne, fada, visão de sonho, princesa ou camponesa ao som da música de Tchaikovsky, Mendelssohn, Rachmaninov, Adam, Minkus, Chopin, e então nada mais importava. Era uma outra vida e outras vidas, só minha(s), e que às vezes sinto falta - yup, o palco vicia... :)
Com essa volta aos clássicos, no entanto, o gostinho de pelo menos viajar na imaginação voltando no tempo ou visitando obras nunca antes escutadas eu recuperei, e, por isso, não tenho palavras pra agradecer a esse meu amigo. Fica aqui, então, um agradecimento público a alguém que, mesmo de longe, conseguiu me dar essa alegria.

Thanks, merci, gracias, obrigado. Valeu MESMO, Martin.