Saturday, April 11, 2009

Pringles


Às vezes as coisas mais simples e aparentemente "nada a ver" têm um significado especial para as pessoas e a gente sequer suspeita disso. Querem um exemplo? Pringles, pra mim, são superespeciais (bah, que falta sinto do hífen! Fica horrível sem!).

Tudo começou quando, há muitos anos atrás (e, putz, isso soou como aquele letreiro que passa no início do Guerra nas Estrelas: "Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante...." :P) a Lully me convidou pra. aproveitando o feriadão de Páscoa, ir numa excursão pra Montevideo. Eu andava meio down, tinha me separado e por causa do meu casamento tinha perdido contato com a maioria dos meus amigos/as, então como andava muito sozinha ela resolveu dar uma de salavadora da pátria e me arrastar numa viagem. Aquela foi a primeira de três que fizemos, sempre no mesmo feriadão, e no final irmos em excursão era só pela comodidade do ônibus e do hotel já reservado, porque no que chegavamos lá dávamos adiós, muchachos pro pessoal e saímos por nossa conta, já que conhecíamos a cidade tri-bem (OK, estou fugindo do assunto. Já volto pras Pringles).

A viagem ate Montevideo é um tanto longa, então por precaução as mortas de fome resolveram naquela primeira viagem ir ao supermercado e fazer um "ranchinho" pro lanche no caminho e uma das primeiras coisas que a Lully colocou no carrinho foi... uma lata de Pringles. Nem lembro se chegamos a comer as batatas no caminho - acredito que sim, dificilmente uma lata de Pringles escapa intacta! LOL - mas as Pringles se tornaram tradição nas viagens. E não só nas viagens: elas passaram a fazer parte da nossa vida de amigas, e acabaram por se estender a outras amizades e outras situações, pelo menos no meu caso.

As Pringles estavam presentes, como já disse, em todas as viagens a Montevideo e, ano passado quando fomos juntas ao show do Maná em Porto Alegre, a primeira coisa que a Lully perguntou quando começamos a combinar a respeito foi "Pringles pra viagem?" Elas também estavam lá quando uma amiga e eu - sorry, neste caso tenho que manter os nomes em segredo... - sentadas num banco da Donja e conversando sobre um crush comum às duas (na verdade mais um caso comum às duas... :/ ) descobrimos que o galinha do cara tinha ficado com AS DUAS em menos de 24 horas. As batatinhas - literalmente impossíveis de comer uma só - também estavam presentes quando a Livia me ligou às 2 da manhã e acabou na minha sala de estar desabafando sobre o namorado que havia acabado de se tornar ex. As Pringles me acompanharam até Curitiba este ano quando fui fazer uma prova do TOEFL e reapareceram na minha sala há pouquinho tempo pelas mãos de uma amiga querida que foi ao Uruguay e, mesmo sem saber dessas histórias todas, lembrou da minha paixão e me trouxe uma lata (valeu, Carem!!!) ;)

Pringles, por essas razões todas, têm um significado muito especial pra mim e por isso descobrir que outras pessoas - e pessoas muito queridas - também tem lá sua paixão por Pringles (ainda que seja apenas a qualidade musical de possuir um acoustic sound, a percussion kind of vibe) a ponto de fazer um vlog maluquinho, isso faz a gente se sentir feliz da vida, sorridente como o bigodudo que estampa a maravilhosa, deliciosa e inesquecível latinha vermelha.

Pringles rule, gente! :D

Sunday, April 05, 2009

100 years to live


Agradecemos o presente. A festa foi por nossa conta... ;)

OK, OK, pra não dizerem que o post é só pra implicar, vai aí a explicação - além da óbvia homenagem ao Inter - para o título: uma música muito legal do Five For Fighting (um grupo que eu adooooooooro!), 100 years.

Enjoy!



Wednesday, February 11, 2009

There It Goes


Lembram do meu post sobre o Domino Effect? Pois é...

Algum infeliz cutucou a pedrinha pro lado errado e de uma hora pra outra tudo o que parecia estar se encaixando feito mágica - ou feito seriado de TV... :P - desandou. E eu agora estou correndo atrás pra ver se consigo parar as pedrinhas antes que a última, lá no final, caia e então nada mais tenha volta.


PS: Sorry por demorar tanto a escrever. Vou tentar passar mais por aqui e menos por outras páginas da Internet...

PS#2: E pra bom entendedor meio título basta... :P

Tuesday, December 30, 2008

Tuesday, December 23, 2008

Xmas gifts

This post was going to be about Christmas gifts. Gifts I've received along this year (like the wonderful people I've met and who have become very special to me) , gifts I've received lately (music, pictures, videos - Há! Podem tirar da lista o do Sítio do Pica-Pau Amarelo! Carem, VALEUUUU!!!!), gifts of coincidences which have made it possible for me to get things I'd had an eye for a long time (Nokia N95 rules!!!).

But then today something dropped on me like a bomb and despite all the previous gifts, this one managed to obfuscate them all with its darkeness. Because of that, this Christmas seems gloomy and there's no lights on trees which can birghten it up. And, most of all, Christmas gifts now sound like a bad joke for me.

So, thank you to everybody and everything responsible for the first ones, I'm truly grateful, but for now I'm going to lay low and try to recover from this shock which has has in a certain way brought snow and cold to what could have been the sunniest and warmest Christmas in a long time. Christmas is here, right around the corner, but what this Lois Lane who kinda looks like Lana Lang right now (yeah, crazy, but somebody saw a recent picture of me and said that...:P, not to mention my last name WAS Lang once) needs at this moment is a Green Arrow (I wonder if angels can wear green...) to rescue her (nope, Clark wouldn't help in this case) from this Northern Pole she feels in and then take her to a ball, to dance till Christmas is over and a new day dawns over Pelotasville.

Thursday, December 04, 2008

Between naïve and sixth-senser

Eu admito: sou naïve. Inocente, boba, beirando a patetice, quase burrice, mesmo.
Sou daquelas pessoas que acredita que todo mundo é bom até prova em contrário - quem leu meu antigo perfil no Orkut sabe disso. Mas às vezes esqueço que sou assim; já é tão normal, já faz tanto parte de mim que nem penso no assunto. Esta semana, porém, meu amigo Martin, comentando sobre alguns ocorridos com um amigo comum nosso, me fez lembrar disso.

Eu não sou em absoluto daquelas pessoas que já saem desconfiadas quando conhecem outra, muito pelo contrário! Como diz um amigo meu, pra mim todo mundo é "soooo coooooooool!". Obviamente muitas vezes me estrepo, tomo na cabeça, porque nem todas as pessoas são legais, nem todas são sinceras e/ou honestas, muita gente é falsa e mau-caráter mesmo, mas eu nunca penso nisso. Parto do princípio que todos são bons, e não é uma coisa que eu me forço a fazer: é o meu instinto natural. Sim, sou a definição de naïve em pessoa, mas não quero mudar: acho que não saberia viver se estivesse sempre com um pé atrás em relação às pessoas. É muito triste ser assim, viver em ceticismo constante. Prefiro ser boba mesmo, ver as pessoas todas por meio de lentes cor-de-rosa, dar uma chance pra todos.

Eu tenho tanta boa vontade para com os outros que até mesmo gente que outras pessoas não gostam, eu gosto! Tem a mãe de uma amiga minha e amiga/conhecida dos meus pais que metade da cidade detesta. Dizem que ela é esnobe, antipática, às vezes até estúpida com as pessoas - e é mesmo! Mas ainda assim eu gosto dela! Ela é divertida, tem um senso de humor fantástico, é generosa em muitos aspectos e nunca, NUNCA me tratou mal. Então eu gosto dela. Ponto. Sou inocente e babaca? Well, que seja. Não me importo, não me incomoda.

O que me incomoda, por incrível que pareça, não são também as óbvias decepções e pauladas que tomo na cabeça por ser assim, por acreditar quase que cegamente nas pessoas. Não me incomoda nem o fato de que, com esse meu jeito de ser, muita gente se aproveita da minha santa ingenuidade. Não. O que me incomoda é que, mesmo com todo esse voto de confiança natural e incondicional que dou para as pessoas, ainda assim algumas delas - poucas, graças aos céus - me despertam uma desconfiança logo de cara. É raro, raro MESMO, eu implicar com alguém de primeira e sem ter motivo algum, mas acontece. E quando acontece, posso dizer com 100 % de certeza que "aí tem". TODAS as vezes que eu por uma razão inexplicável - e volto a dizer que, ainda bem, foram poucas - eu não fui com a cara de alguém , essa implicância se mostrou certa e justificada. É um sixth sense filho da mãe que eu absolutamente não gostaria de ter, mas tenho.

Bom, daí tem também outro aspecto da coisa: não sei fingir. Quero dizer, saber eu sei; se precisar, finjo, mas por educação, por respeito a uma terceira (ou terceiras) pessoa(s) que não a dita cuja de quem não gosto, porém não por cinismo. Não gosto de ser falsa, não gosto de fingir, e quem me conhece sabe que quando não gosto de alguma coisa dá pra ler na minha cara NA HORA. Prefiro ser transparente sempre que possível. Bancar cinicamente a "queridinha" só pra sair de boa na história não é comigo, minha tática é ficar quieta no meu canto. Se não gosto, não vou implicar, não vou esculachar, mas também não me manifesto. Me abstenho, assim não sou obrigada a fingir.

Por isso, ultimamente tenho me visto em uma situação terrível. Conheci uma pessoa que, desde o primeiro momento, já fez o meu "alarme" interno tocar (Danger, Will Robinson, danger!!!). Tá, tudo bem, existe entre nós uma disputazinha não publicável aqui que pode ter contribuído para a minha implicância, mas o comportamente da tal pessoa até aqui cada dia mais demonstra que tem algo de errado e que o meu dislike por ela tem toda razão de ser (ela começou sendo grossa e antipática comigo, mesmo quando tentei ser gentil com ela por mera educação. Agora, de uma hora para outra, passou a me tratar bem, como se sempre tivéssemos sido amigas, sem motivo aparente algum - eu já tenho uma suspeita do motivo... - , ou seja, é de um cinismo e interesseirismo total. E vocês não imaginam o quanto me faz mal dizer isso de alguém...). O problema todo, porém, não é o jeito de ela agir comigo, isso eu tiro de letra, mas o fato de que essa mesma pessoa é tida como linda, divina e maravilhosa por muitas outras, incluindo pessoas de quem eu gosto muito. Explicando melhor, eu sou a única que vê e sente que tem algo de errado e, tomando em consideração a minha até aqui taxa de acerto de 100 % dos casos (ou seja, sempre que o meu sixth sense me disse que a pessoa não era boa coisa ela não era mesmo), me dá um desespero de ver que, muito possivelmente, pessoas de quem eu gosto MUITO podem se machucar. Mas vou eu falar alguma coisa??? Só se eu quiser sair de louca na história toda!

Então, me vejo forçada a ficar quieta, assistindo de longe, torcendo pra que, quando a casa cair, o estrago não seja demais (e o pior é que acho que vai ser...) Me dói ficar quieta, me dói saber que pessoas de quem eu gosto provavelmente (100 % de acerto, gente, 100 %! Mas quem me dera que essa fossa a primeira exceção!) vão sofrer, mas pelo mnenos assim se (vamos ser otimistas, né?) algo acontecer, posso ainda estar por perto pra ajudar (o que não aconteceria se eu abrisse a minha boca; certamente me colocariam pra correr).

Como eu disse, adoto então a tática de ficar no meu canto, diplomaticamente quieta, politicamante correta, me manifestando somente quando a boa educação exige. Mas não me peçam pra ser cínica. Não me peçam pra ir lá conversar com a "queridinha" e ficar jogando confete como todo mundo faz. Essa não sou eu. Ser falsa pra Renata, pra Re aqui, é uma tortura, e não vou me violentar só pra ficar bem na foto. Ah, não mesmo.

Enfim, resumo da ópera: entre naïve e sixth-senser, corre-se o risco de a gente se ver envolvida em dilemas como esse, fazer o quê? C'est la vie, questa è la vita, that's life. Pode não ser a melhor, não é absolutamente a vida que eu quero ou queria ter, mas é a que dá pra ter agora, and we make the best of it.

Wednesday, December 03, 2008

We are the champions... AGAIN!


Ganhamos mais um. Aliás, agora ganhamosTO-DOS.

Internacional: único time brasileiro a ganhar TODOS os títulos.

PS: E depois do gol de hoje, se mesmo depois daquela jogada literalmente inacreditável dele eu ainda tinha dúvidas quanto ao título de "príncipe" do Nilmar, agora não tenho mais. Pode levar a coroa pra casa, menino! ;)



Thursday, November 27, 2008

Smells like... - part 2

Sou sem dúvida e definitivamente uma pessoa "visual" - quase surtei quando estudava francês e até a metade do primeiro semestre a professora só traabalhava a parte oral e de compreensão auditiva. Quando peguei o primeiro texto escrito parecia que tinham acendido a luz dentro do meu cérebro, passei a entender tudo e o francês começou a fazer sentido!

Também sou seguramente uma pessoa que depende da audição - acho que morro se não puder ouvir música e um aspirador de pó ligado perto de mim concorre taco a taco com um ferro em brasa enconstando no braço em termos de tortura.

Apesar disso, não posse deixar de reconhecer que o olfato também tem um papel importante na minha vida, como já comentei anteirormente. Agora com esse calorzinho abafado que tem feito nos últimos dias, fui levar o Milo pra fazer o seu peeps (quando eu chamo ele pra ir na rua fazer xixi eu grito "Peeps!!!" e ele vem correndo :P ) no jardim na frente do prédio dos meus pais e as plantas exalavam um cheirinho ma-ra-vi-lho-so! Cheiro de planta, de verde, de jardim na primavera, uma delícia. Daí, tomando emprestada a idéia do Nick Hornby em seu livro Alta Fidelidade (sim, a fanática por livros ataca novamente!), resolvi fazer uma lista, só que de cheiros/perfumes que são especiais pra mim.

Here you are... (e como pensei na lista enquanto cuidava uma prova de Inglês lá na escola, vai nesse idioma mesmo, até porque algumas das idéias são expressas melhor em Inglês - em Português fica comprido demais):

* When it starts to rain (that's my favorite, I guess)

* Dogs paws (even Milo's - and he has "bad paw odour"!) and their heads, right behind their ears, after they've been bathed

* Recently mowed grass

* Freshly baked bread (simply irresistible)

* Newly percolated coffee

* Herbal tea

* Roses and jasmines

* The wind coming from the ocean

* The fruitshop on the corner of my parents' house, that is, the pot-pourri of scents coming form there: papaya + apple + peach + banana + plums + pineapple AND tomatoes (OMG, the tomatoes there smell like heaven!)

* Babies' necks

* Barbecue (I love fish but the smell of barbecue is incomparable)

* The shade under the tress in thick woods

* Home (that unique smell you recognize and identify as "your home")

Bom, esses são os que me vieram primeiro, mas se me lembrar de mais algum, vou acrecentando. E, enquanto isso, vou aproveitando o cheirmho de primavera no ar... ;)

Tuesday, November 18, 2008

Time loop

It seems my last post got some people curious and due to the questions I've got about it, I decided to explain what I meant (and, no, guys, I'm not mad at you for your "Demand Renata"! LOL :D )

So, well, the thing is sometimes I feel like I'm stuck in a time loop. I see situations in my life repeat themselves with slightly different details, and the impression I have is that from where I stand the future will follow the same path and the outcome will be same as the first time it all happened. And even if sometimes this may be a good thing because the situation is a good one, many times I find myself freaking out, thinking that though I have the power to change events, sometimes there are other forces, beyond my control, leading the way things go.

I'm going to give you a silly example: I used to dance ballet, I was part of a dance company which won national dance competitions, the group was awesome but ecause of our personal lives and the paths we decided to choose we broke up and the company kind of died for a while (fortunately it recently resumed its activities with a new cast). Ages later, I decided to start Tai Chi Chuan classes and the class I joined was amazing, very nice girls. The coincidences started when another girl joined the group, and she was.... one of the dancers of my former company! (She's a really nice girl, so i was delighted to have her there). Then, the class progressed fast and the teacher even invited us to make a "performance" for a Chinese master who was in town and joked we should start doing classes outdoors and all, to promote Tai Chi here, etc. Guess what started to happen then....? People started to have problems with timetables, some because of work, others for other reasons but the bottomline is the group is breaking up again.

I know it's a silly example (I warned you !) and I know it's perfectly normal, that things like that (people quitting stuff) happen all the time, but the "replay" of the situation is what strikes me as weird - and scary. This situation is just one, there are many more also happening in my life right now, and one of them is especially good, but in its "original version" (that is, the first time it happened), the outcome wasn't the one I wanted or expected, so here I am watching things follow the same script and hoping for a different ending without knowing if I can really get - even if I actually DO something - to change it.

Summarizing, it's not only the déjà vu feeling or not knowing what the future holds which is scary: it's knowing what may happen and not being sure that you'll be able to have any effect on it.

So, here I am, in the present, living it and loving it, but when I look at the future, the past seems to stare bakc at me like a reflection on a crystal ball, and the future I see in it, though not clear or definite, seems uncannily similar to what I've seen before.

Tuesday, November 04, 2008

Crossroads


And I myself am still trying to decide if THIS is a good thing or not - explanations on the next post... ;)
Ziggy by Tom Wilson & Tom II - © 2008 Universal Press Syndicate
Courtesy of GoComics.com

Monday, November 03, 2008

Hooked on Classics


Eu já falei de como o MySpace me permitiu conhecer gente fantástica, de como fiz amigos/as em diversas partes do mundo e tal, mas uma coisa nova aconteceu recentemente: consegui resgatar uma antiga paixão. E antes que os queixos de vocês se estabaquem no chão ou os olhos pop off the orbits de espanto, já esclareço que não é uma PESSOA, mas sim uma COISA.

Minha mãe dançava ballet quando era jovem (foi por isso que ela me colocou a fazer aulas quando eu tinha 7 anos) e com isso cresci ouvindo música clássica em casa. Segundo ela também, meu bisavô tocava numa espécie de mini-orquestra que havia lá nas Três Vendas / Terras Altas, então a coisa já vem de família. Depois, fazendo aulas de ballet e principalmente dançando nos espetáculos, acabei me apaixonando por esse tipo de música. Sei que a maioria não gosta, que acha chato, blah, blah, blah, mas eu gosto. Algumas me arrepiam, outras me fazem encher os olhos de lágrimas, outras me fazem voar longe, várias me transportam no tempo e assim por diante.

Não tem como explicar o porquê, é o tipo da coisa que só quem gosta de um tipo de música sabe: é aquele tchan, aquele detalhe que toca lá no fundo da alma, e que faz aquele tipo de música ser significativo pra gente.

Pois o que aconteceu foi que, através de um amigo do MySpace (hahaha, dou um doce pra quem adivinhar queeeeeeem? :P ) conheci uma pessoa, um professor de línguas (bah, gente, ele fala Inglês, Francês, Espanhol, Português e está aprendendo Russo!) em Montreal que A-DO-RA música clássica. A "discoteca" (no sentido de "biblioteca de CDs/DVDs/Vinil") dele é imensaaaaaaa e ele sabe MUITO do assunto. Começamos a conversar sobre música e descobrinos essa paixão em comum que, confesso, nos últimos tempos andava meio apagadita pra mim. Conversa vai, conversa vem, ele agora está me ajudando a aprimorar meus - agora mais do que nunca percebo - limitados conhecimentos sobre classical music. Ele sugere músicas, compositores, manda endereços de páginas na Internet com informações, já até me conseguiu uma gravação da sonata favorita dele que, pelo que sei, não deve ser nada fácil de achar.

Com isso, fora o fato de ter ganho mais um amigo - e um amigo muito especial, super-generoso, disponível, interessado e que agora considero como meu classical music mentor - resgatei uma parte de mim que andava esquecida. Uma parte que praticamente todos os dias sa semana vestia meia-calça, leotard (ou collant), sapatilhas, fazia um coque e dançava até as bolhas nos dedos pedirem Band-Aid (o que acontecia quando o esparadrapo de proteção não dava conta do recado), uma parte que via o mundo de cima de um palco, meio cega pelas luzes, mas que entrava num mundo mágico e virava cisne, fada, visão de sonho, princesa ou camponesa ao som da música de Tchaikovsky, Mendelssohn, Rachmaninov, Adam, Minkus, Chopin, e então nada mais importava. Era uma outra vida e outras vidas, só minha(s), e que às vezes sinto falta - yup, o palco vicia... :)
Com essa volta aos clássicos, no entanto, o gostinho de pelo menos viajar na imaginação voltando no tempo ou visitando obras nunca antes escutadas eu recuperei, e, por isso, não tenho palavras pra agradecer a esse meu amigo. Fica aqui, então, um agradecimento público a alguém que, mesmo de longe, conseguiu me dar essa alegria.

Thanks, merci, gracias, obrigado. Valeu MESMO, Martin.

Sunday, October 26, 2008

Lya Luft - As bolsas e as vidas

De vez em quando eu faço um post um pouco mais sério, e hoje é dia de um deles.

Acabo de ler este texto da Lya Luft publicado na revista VEJA desta semana, e achei que era algo que valia a pena todos lerem e pensarem um poco a respeito.


Boa leitura!

As bolsas e as vidas



Ilustração Atômica Studio


"Eu me pergunto com que artifício psicológicoconseguimos sobreviver diariamente, dormir,sonhar, enquanto milhões morrem por lhes faltar o mínimo, o mais essencial e simples"


Para mim, bilhões e trilhões serviam para contar estrelas. De repente, essas cifras saem da TV ou do computador, para cair no meu colo: quase achei que o mundo ia se acabar, que a derrocada estava se instalando. Foi então que governos, bancos centrais e demais instituições financeiras começaram a soltar dinheiro. Dilúvio de grana entrando pelos bolsos que a tragédia das bolsas, alimentada por incompetência, arrogância, ganância e, dizem, medo, tinha esvaziado.

Bilhões, trilhões escorrem por aí, fazendo mais uma vez bancos e semelhantes estufarem bolsos e peitos. Voltou a confiança, o mundo talvez esteja salvo, nós estamos salvos. No momento em que escrevo, começa algum alívio, gente otimista fala até em euforia. Voltou a confiança, dizem, o que faltava era confiança. Os mais realistas mencionam o efeito do abalo não mais na área financeira, mas na nossa vida. Leio que a previsão para os próximos anos é de mais 20 milhões de desempregados no mundo.

De repente, espantada, em vez de alegrinha, lembrei-me de que essa mesma falsíssima generosidade socorrista poderia estar salvando da morte pela fome milhões, quem sabe bilhões, de seres humanos. Por que a ninguém ocorreu inundá-los com essas torrentes de dinheiro, para que não morressem miseravelmente de fome e abandono, diante dos nossos olhos, exibidos por jornal, internet e televisão?

Mas não foi para esse detalhe aborrecido (quem quer ainda contemplar aqueles corpos esqueléticos, os olhos imensos e desesperados, dos famintos deste mundo chato?) que se usou a inimaginável riqueza que salvaria bancos, banqueiros e empresas. Não muito longe, mas aqui mesmo, em nosso planeta, seria preciso talvez bem menos riqueza do que essa que agora se derrama, para que milhões de pessoas deixassem de morrer de fome, tivessem casa, roupa e saúde. Ninguém faz o suficiente, explodem os presidentes de organizações humanitárias, avisam os jornalistas que por lá se aventuram, reclamam os médicos compassivos e pessoas que não podem tapar olhos e ouvidos para tão desmedida calamidade.

Eu me pergunto com que artifício psicológico conseguimos sobreviver diariamente, dormir, sonhar, transar, comprar, conversar, negociar, tendo essa riqueza toda armazenada, enquanto milhões morrem por lhes faltar o mínimo, o mais essencial e simples. Crianças esqueléticas cobertas de moscas, que, com o olhar vidrado, ainda respiram, enquanto bilhões circulam, trilhões, em bolsos e bolsas privilegiados. Mas nós continuamos vivendo. Achamos que não temos nada com isso – o que é que eu posso fazer, afinal? São vidas humanas, é verdade, mas... E quando foram bolsas, bancos, valores não morais, todos os responsáveis se agitaram, sacudiram os ossos ou as banhas e, assustados, soltaram dinheiro.

Ainda se fala em "volatilidade", mas reina uma certa alegria porque as bolsas sobem, os bancos se salvam, tudo está quase resolvido, ainda mais por aqui, onde não haverá mais do que umas ondinhas bestas. Verdade que milhões continuam morrendo, agora mesmo. Não pela peste negra, não pela bomba atômica, mas porque lhes falta pão, remédio, interesse. Parecem uns bichos incômodos, não cavalos de raça, não cachorros de madame, não touros reprodutores: suas imagens chateiam como as dos cavalos de carrocinha nas regiões urbanas, surrados até a exaustão, ou as dos meninos magricelas que nos importunam na esquina. A gente desvia o olhar, mas agora sabemos que o dinheiro existe, tanto que nós, pobres mortais, nem conseguimos avaliar. Estava guardadinho, e agora escorre para os bolsos que vão de novo agilizar as bolsas, enquanto as vidas continuam se consumindo, milhões e milhões, aqui mesmo neste mundo globalizado.

Monday, October 20, 2008

Xmas present

Há! Querem me dar um presente de Natal (recado pra minha família que no fim do ano com certeza vai estar se escabelando pra fazer as listas de sugestões de presentes pro Amigo Secreto :P)? Este DVD!!!




Essa versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo é uma viagem no tempo de volta à minha infância. Tempo em que eu tinha a minha prórpia versão da vovó Dona Benta em casa, porco Rabicó no chiqueiro, Vaca Mocha na cocheira e, juro, uma boneca de pano chamada Emília (só que a minha era preta, feita de meia, pela minha outra avó... :)

Como diz a música, "Queeeeee tempo bom / Que não vooooolta nunca maissssss..."

Bom, pelo menos com o DVD volta um pouquinho. ;)

PS: Bom, se eu não ganhar, vou acabar comprando com certeza. E tenho dito!

Thursday, October 16, 2008

Mythologies

Conheci uma pessoa muito interessante no MySpace esta semana, e uma coisa que ele me contou a respeito dele mesmo me lembrou de um interesse que eu sempre tive: mitologia.

Nunca foi um interesse tipo PAIXÃO, daqueles sistemáticos, que a gente fica correndo atrás, pesquisando enlouquecidamente, mas daqueles que sempre que caía alguma coisa na mão, eu lia sobre. Não importava muito mitologia de ONDE: gregos, romanos, egícios, incas, maias, astecas, indianos, indígenas ou, mais recentemente, celtas, eu lia - e leio.

Os deuses e deusas dessas culturas, os arquétipos que eles(as) representam, a simbologia por trás de cada um(a), a história de suas vidas, sempre me fascinaram e, claro, dentro de cada mitologia sempre tive minhas preferências...

Por exemplo, na mitologia grega, apesar de eu ser assumidamente romântica, nunca fui muito fã da Afrodite (ou Vênus, pros romanos). Achava muito "bobinha". Eu gostava mesmo era da Diana (Ártemis, idem): caçadora, geniosa (transformou em um cervo um caçador que a viu nua durante o banho). Era ela ou a Athena (deusa da ordem, da justiça, da sabedoria, das artes e da estratégia). Acho que escolhi as duas porque tinham mais a ver com o meu jeito de ser e com meus interesses.

Dos egípcios, eu sempre fui apaixonada pela Ísis, ainda mais depois que passou um seriado na TV onde a heroína colocava um colar com um medalhão que ela tinha encontrado numa escavação no Egito e se tranformava na própria deusa, com poderes sobre a natureza e tudo. A história dessa deusa que depois que o marido Osiris foi assassinado saiu a reunir seus pedaços até juntá-los todos e reanimá-lo e cujas lágrimas faziam o rio Nilo transbordar, me encantou de cara. Já da cultura indiana, minha preferida era/é Kali, que, apesar das associações com destruição e morte, me conquistou por ser considerada por muitos a essência de tudo o que é realidade, bem como a destruidora da maldade.

Acho que o único deus "homem" que lembro de ter me chamado a atenção foi Inti, o deus sol dos Incas. Por quê? Bom, sempre gostei de sol (razão 1) e uma das primeiras fotos que vi de Macchu Picchu (lugar pelo qual sou fascinada desde que tinha uns 7 anos de idade e vi num livro) era do relógio de sol dedicado a ele (razão 2). Além disso, não era um deus "metido", era bonzinho e governava junto com sua esposa, Pachamama (deusa da Terra).

Por fim, em função das minhas pesuisas pro Mestrado e Doutorado, tive de fazer uma incursão pelas mitologias celta e nórdica e daí adicionei mais algumas deusas à minha lista (e sobre as quais talvez-quem sabe-algum dia-em outra oportinidade falarei). Mas a maior coincidência de todas foi que, também por causa do Mestrado, acabei conhecendo outro conceito de "mito", proposto por Roland Barthes.

Pra ele, um mito é uma mensagem, um modo de ver as coisas que é revestido de um uso social, ou seja, uma interpretação que é condicionada pela sociedade e pelas idéias que a sociedade considera como mais convenientes de serem perpetuadas. Por exemplo, se alguém vê uma foto de uma dona-de-casa, pode simplesmente "ler" aquilo como uma foto de uma mulher cuidando de sua casa, mas o mito é que (e pior: DITA que) AQUELE é o papel e a imagem da mulher ideal.

Quando às vezes me perguntam sobre o que é que eu falo nos meus trabalhos, é difícil explicar, mas uma das coisas são esses mitos muitas vezes naturalizados em textos e/ou imagens que eu me proponho a identificar, desmascarar e, se possível, desmistificar, e que muito freqüentemente (demais até pro meu gosto) estão ligados às mulheres.

Bom, depois de toda essa conversa toda, chego enfim (e para felicidade geral da nação) à conclusão deste post: adoro mitos "mitológicos", sou fascinada por eles. Panteões de deuses e deusas e suas histórias me encantam. Agora, não me venham com os mitos do Barthes, repetindo coisas de senso-comum tipo "lugar de mulher é na cozinha" ou "a beleza está em um rosto jovem" porque viro fera feito Diana, ataco com uma sabedoria de Athena, sou incansável feito a Ísis e posso ser implacável e destruidora feito Kali. Mitos, pra mim, podem até ter um pé na realidade (como no caso dos "mitológicos"), mas não podem, jamais, determinar ditatorialmente como as coisas devem ser, ainda mais se isso for contra aquilo em que acredito.

PS: Agradeço ao Leo da banda Zuane de SP pelo inpiração. Valeu, Leo! ;)

Wednesday, October 15, 2008

The Best of It

Após algumas reclamações a respeito da minha ausência por aqui, eis-me de volta... :P

Pra falar a verdade, foi meio por falta de inspiração. Até pensei em escrever sobre um episódio ocorrido com um torcedor do Inter e os jogadores (que foram de um senso de humor incrível e se divertiram a valer, assim como o torcedor), mas daí os meus mais assíduos leitor e leitora - ambos gremistas... :P - iam me encher de ossos por fazer dois posts seguidos sobre o Colorado, então desisti.

Hoje, porém, lendo o blog de uma amiga from MySpace (por sinal, vale a pena conhecer o trabalho dela, a Jarah Jane, em especial Underwater Ballons, produzida por outro amigo meu) e sem conseguir tirar uma outra música da cabeça - siiiiiiiiiiiiiim, Carem, adivinha DE QUEM? ;) - surgiu uma idéia.

O post da Jarah era sobre aceitar-se a si mesmo/a e ela contava ali a história dela. Ela teve que se mudar ainda criança dos EUA pro Canadá e enfrentou uma série de problemas de adaptação, já que, além de uma professora que era uma verdadeira megera de filme de terror, a criançada da escola não aceitava a nova colega americana, alta, magricela e que não sabia uma palavra de francês. Obviamente ela acabou superando esses problemas, mas segundo ela isso deixou cicatrizes, nesse caso o fato de que ela sempre está em busca da aceitação das outras pessoas, sempre fazendo tudo para que gostem dela. Ela confessa que recentemente ela conseguiu enfim realmente se sentir segura de si mesma e isso teve reflexos - ótimos - na carreira dela. Bom, falo tudo isso pra dizer que, além de ter a inspiração pro post de hoje, lendo o que ela escreveu me vi refletida em diversos episódios, com algumas variações. Já explico.

Eu cresci nas Três Vendas, pra ser mais exata nas Terras Altas, que é o fim das Três Vendas. Sabe a entrada do Aeroporto? Passa. Sabe a entrada do Pestano? Passa. Sabe o Quinze de Julho? Vai adiante. Sabe o Exército de Salvação? É passando um pouco mais. Eu morava no casarão que é hoje a sede daquela empresa de ônibus, a Transpessoal (o casarão ainda é da minha família, está alugado e, infelizmente, destruído por eles...). Na época, a Fernando Osório tinha uma pista só (a que vai pra POA), então a casa ficava longe da estrada, era como morar numa fazenda. A gente tinha vaca, porco, cachorro(s), galinha, cavalo, e eu cresci no meio deles e subindo em árvore. Era a típica caipirinha (a PESSOA, não a bebida, seus bebuns!:D )

Quando fui, então, estudar no Assis Brasil na 3ª série (até então eu tinha estudado num colégio pequeno, particular, o Recanto Infantil) eu era a "jeca" da turma. Eu não era fashionable como as minhas colegas, não tinha a experiência de viver na cidade (eu mal sabia andar pelas ruas sozinha!) e era de uma ingenuidade total. Não demorou muito e eu era o motivo de deboche da turma, não "na cara" (pelo menos eles/as tinham um pouco mais de respeito que a gurizada de hoje em dia), mas eu via as risadinhas, os cochichos meio que me apontando e, apesar da minha ingenuidade, conseguia captar a malícia e o sarcasmo de algumas coisas que diziam pra mim. Sabe aquela turminha que sempre é a que todo mundo quer andar junto? Pois é, eu queria andar com aquelas gurias, mas elas sempre davam um jeito de me escantear, de me esnobar: eu não me adeuqava ao padrão, eu "não servia" pra andar com elas. Obviamente a minha primeira reação foi ficar chateada, deprimida, chegar em casa e ir chorar escondida, essas coisas, mas depois de um tempo - com é o meu normal - enchi o saco e resolvi dar um jeito na situação: eu ia virar aquele jogo.

Coloquei na cabeça que eu ia ser a melhor da aula: elas iam ter que vir me pedir ajuda em dia de prova, iam ter que vir pedir pra ficar no meu grupo quando tivesse trabalho pra fazer. Done. Consegui.

Entrei pro ballet, que na época era o máximo dos máximos em termos de atividades fora da escola. Done. E não fiquei por aí: fui pro corpo de baile, fui solista, fiz turnê pelo Brasil. (Detalhe: entrei no ballet também porque gostava, e fiquei porque AMAVA aquilo, não por causa das "outras"). Entrei também pro grupo de ginástica olímpica do Assis Brasil (e depois quando fui pro Pelotense continuei - é de lá que conheço o João Bachilli, diretor do Tholl, que na época treinava com a gente). Foi um santo remédio pra minha "popularidade". :)

Com isso, aos olhos da "turminha" aquela, eu agora era cool, valia a pena andar comigo, e então elas começaram a vir atrás de mim e me procurar. Eu tinha conseguido.

Como não sou uma pessoa vingativa, não desprezei as pestinhas como elas tinham feito comigo, mas também não fiz questão de ser amiga delas, apenas fui diplomaticamente educada quando vinham atrás de mim. Fiz questão, isso sim, de ficar amiga de pessoas que eu achava legais mais que eram, assim como eu tinha sido, "excluídas", e tenho orgulho de dizer que essas pessoas foram os/as melhores amigos/as que alguém pode ter, e muitos/as estão do meu lado até hoje, e são como irmãos/ãs pra mim.

Não contei isso tudo pra me fazer de coitadinha e nem pra contar uma história tipo novela ("Oh, veja tudo por que ela passou e como ela superou as dificuldades"). Não. Se estou contando tudo isso aqui e agora é pra quem estiver lendo entender que isso tudo me fez como sou, pra saber de onde eu saí ou, como diria o meu irmão, "como deu nisso aí". ;)

A gente passa por poucas e boas na vida, mas isso tudo é que faz a gente a pessoa que a gente é. Tudo contribui, mas acho que as quedas, as humilhações, muitas vezes são o que nos faz fortes. A gente tira muitas lições delas. E é aqui que entra uma parte de uma música que adoro - à propósito, o título do post - que diz:
Most of us will fall down until they've reached their knees
But we make the best of it
É isso aí, babe: we make the best of it.

Monday, September 29, 2008

No comments


Só uma imagem... :)


Sunday, September 28, 2008

A leap into the past in 8 numbers

Mini-experiência de volta no tempo:
Fui dar um telefonema na casa da minha mãe e, como não acahva o telefone sem-fio (bah, aquela porcaria tem o irritante dom de EVAPORAR quando se precisa dele!), fui fazer a ligação do quarto dela.

O aparelho lá é parecido com esse aqui:


Resumo da ópera: quando fui "discar" - e, nesse caso, LITERALMENTE discar! - fui "huper" (hiper+super) estranho. A sensação física de rodar o dial me transportou por alguns segundos pra uma época muito, muito distante - e qualquer referência ao Shrek NÃO É mera coincidência... ;) Me senti quase como criança de novo e de repente me vi sorrindo e completamente confusa, perdida em qual seria o número seguinte que eu tinha que discar ali (acho que esses time leaps embaralham o cérebro, pois se eu estivesse "digitando", o lapso de memória numérica com certeza não teria acontecido).

Anyways, foi legal, e desafio vocês a tentarem uma dessas: arranjem um telefone de discar e experimentem (pode ser que alguns nunca tenham tido essa experiência! :P): é visitar pelo tempo de 8 números uma outra época na história e, dependendo da idade, na vida de vocês.

Wednesday, September 17, 2008

Ah, se o Sitemeter acertasse... :D

O Sitemeter, medidor de visitas que tenho ali embaixo na página, é um quadro: ele supostamente "localiza" as visitas geograficamente, mas ele entende tanto de Geografia quanto o Milo (meu cusco). Já fiz o teste e eu mesma já acessei minha própria página a partir de Canoas, Santa Maria e Bagé (?????).

Ainda assim, é interessante dar uma olhada nas localidades que ele lista como tendo visitado este cantinho internético. Aqui no Brasil já apareceu (teoricamente, né? :P ) gente de São Paulo, João Pessoa, Belém, Campinas, Canoas, São Leopoldo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cachoeirinha, Santa Maria, Novo Hamburgo, Barueri (SP), Goiânia, Natal, Santa (Mato Grosso do Sul) (?!?!?!), Limeira (SP), Carapicuiba (olha o Jota Quest com "Onibusfobia" aí, geeeeeeeente! :D ), HortoIndia (SP) - nem sabia que existia!!!, Americana (SP), Camaquã, Cruz Alta, nossa vizinha Rio Grande e, claro, alguns/algumas de Pelotas.

O mais legal, porém, são as visitas internacionais, que obviamente vêm parar aqui por alguma referência maluca de pesquisas no Google, mas ultimamente tenho suspeitas de que algumas chegam por conta da minha página no MySpace: Portimo (Faro, Portugal), Los Angeles, London (que chique!!!), Harrodsburg (Kentucky, USA), Marki Schwaben (Germany), Citrus Heights (California, USA), Istambul, Aachen (Germany), Roma, Cascavelos (Lisboa, Portugal) e uma, há um tempo atrás, de Montreal (seráááá? Hummmm.... mas do jeito que o Sitemeter "acerta" o verdadeiro visitante deve ser na verdade de Quebec City... :P). Ainda assim, mesmo que essas pessoas tenham vindo parar aqui por acaso e que muitas vezes o lugar de acesso não seja realmente o indicado, é gostoso saber que, de certa forma, esta página não está criando teias de aranha e que lá de vez em quando algum(a) visitante sai daqui nem que seja com um sorriso nos lábios.

Ah, sim: and thankx for visiting me today! ;)

Monday, September 15, 2008

How the hell???

Tá, admito: outro dia na Seleção ele não fez nada, não jogou nada, foi um zero à esquerda em campo. Mas com essa jogada aí ele se redimiu com direito a título honoris causa. ;)

HOWTHEHELL ele cruzou essa bola??? :O


O goleiro está até hoje tentando entender POR ONDE ela passou! :D
Ah, sim: e foi gol... hehehe... :P

Valeu, Nilmar! Continua assim, garoto... :)

Sunday, September 14, 2008

Dungeons & Dragons


Há uns dias atrás conversava com um amigo de Porto Alegre no MSN e daí a pouco ele "sumiu" (tipo, eu falava alguma coisa e ele nada). Como eu precisava perguntar uma coisa e tinha uma certa pressa porque precisava sair, chamei, chamei, cliquei naquele botãozinho de "chamar a atenção" da janela de conversas que faz ela e, se bobear, a tela do Messenger e o monitor inteiro chacoalharem (além de dar um baita susto se o som do micro estiver alto) e finalmente ele reapareceu. Pedi desculpas pelo uso desnecessário de força e ele então explicou que tinha se distraído porque havia recém encontrado e estava assistindo no YouTune uma paixao antiga: Cavaleiros do Zodíaco. Quando ele perguntou se eu conhecia e/ou gpstava, respondi que sim, conhecia, mas na verdade eu tinha sido mais fã da Caverna do Dragão. Depois de alguns minutos de discussão amistosa sobre porque um é/era melhor que o outro e o porquê de nossas preferências (como é que EU não ia gostar de Caverna do Dragão??? Gente, aquilo ali é puro Tolkien!!! O Vingador é o Sauron de saias!) tive que encerrar a conversa e ir fazer o que eu tinha que fazer longe do computer, mas a lembrança da Caverna do Dragão ficou.

Mais do que isso: me veio na cabeça uma história que me contaram anos atrás e que, na época, me chocou pra caramba. Trata-se de um - agora descobri - boato sobre um final da série que por motivos não sabidos-ignorados não teria sido exibido no Brasil. Segundo essa versão das coisas, a gurizada (heróis) do desenho já estariam mortos desde o primeiro episódio por causa de um acidente no carrinho da montanha-russa em que embarcaram. Os meninos teriam sido mandados para o inferno, e o Mestre dos Magos e o Vingador seriam as duas faces de um mesmo ser demoníaco, capaz de oferecer esperança e ao mesmo tempo temor em um processo de crescente agonia psicológica. O boato ainda afirma que o dócil (mas enjoadinho) unicórnio Uni seria um espião responsável por impedir os meninos de regressar ao seu mundo, já que SEMPRE que eles estavam por conseguir voltar a praguinha aprontava alguma e eles tinham que ficar por lá mesmo.

Bom, nesses tempos atuais em que basta Google something, como a coisa não me saía da cabeça fui procurar, e achei um desmentido na Wikipedia. A versão oficial, dada pelo próprio produtor da série, produtor Gary Gygax, é que "Em 1985, a equipe responsável pelo desenho se reuniu com os executivos da temporada seguinte. Os seis jovens - mais velhos e mais experientes - seriam chamados de volta ao mundo da Caverna do Dragão pelo Mestre dos Magos. Foram concebidos três scripts do desenho, e eu até aprovei um deles. Mas algumas dificuldades surgiram. A D&D Corp. fechou e a CBS com a Marvel decidiram não continuar mais com o desenho. A nova série foi cancelada antes mesmo de ser produzida." Além disso, "Apesar de vários possíveis finais terem sido discutidos, nenhum último episódio foi produzido de fato."

Esclarecido o fato e acalmado meu coração quanto ao destino dos heróis da minha adolescência (ooooooops, acabo de revelar a minha idade e de me sentir, nesse exato momento, quase tão velha quanto as múmias dos filmes do Brandon Fraser...), resolvi dividir com vocês essa minha descoberta. Sei que pode soar um pouco "babaca" falar de desenho animado, mas pra quem foi, era ou ainda é fã de algum, eles representam mais do que uma época na vida da gente: eles são a nossa eterna e imortal esperança de que se a gente lutar pelo bem e fizer tudo direitinho, apesar das dificuldades, no final a gente vence o vilão malvado e consegue, sim, voltar pra casa, feliz e com a certeza do dever cumprido.

PS: E pra quem ficou feliz com a notícia de que a garotada não morreu mas também não sabe como a série terminou, não vou postar nenhum spoiler aqui, não. Deixo vocês com o link pro site do Michael Reeves, roteirista da série, onde podem ler (sorry, em Inglês) o script dessa preciosidade. ;)